quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cabral se desculpa por tragédia

Rio - O governador Sérgio Cabral e o comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, pediram desculpas ontem ao comerciário Ricardo Freire de Andrade pela morte do filho dele, Wesley Guilber de Andrade, de 11 anos. O estudante foi baleado com tiro de fuzil dentro da sala de aula do Ciep Rubens Gomes, em Costa Barros, na sexta-feira. No encontro de uma hora, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Cabral voltou a condenar a operação do 9º BPM (Rocha Miranda) nas favelas da Pedreira, da Quitanda e da Lagartixa, que resultou na tragédia.
Foto: Uanderson Fernandes/ Agência O Dia
Ricardo, que tatuou o nome do filho no braço, pediu justiça. Após o encontro, ele precisou tomar calmantes

“Em toda ação precisa haver coragem e bom senso. Faltou o bom senso nesse caso. Disse a ele que a melhor maneira de homenagear seu filho é continuar firme com nosso trabalho de pacificação nas comunidades”, afirmou Cabral. Abalado, Ricardo passou o resto do dia em casa, sob efeito de calmantes.

Ex-mulher do comerciário e mãe de Wesley, Islaine do Nascimento passou mal ontem e não compareceu ao encontro com o governador. Segundo Sílvio Andrade, que acompanhou o irmão no Palácio Guanabara, Ricardo ficou emocionado e chorou bastante diante de Sérgio Cabral.

“O governador pediu desculpas e prometeu apuração rigorosa para punir os culpados. Ricardo pediu justiça, mas ainda está muito indignado”, comentou Sílvio, preocupado com o irmão, que tem problemas cardíacos. Ontem, equipe de psicólogos da Secretaria Municipal de Educação continuou o atendimento a pais, alunos e professores da unidade. O trabalho se estenderá até sexta-feira.

Atingido dentro da escola

Wesley Guilber de Andrade, 11, foi atingido por uma bala perdida dentro da sala de aula do Ciep Rubens Gomes, próximo à passarela de Costa Barros, na manhã da última sexta-feira. Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) trocavam tiros com bandidos do Morro da Pedreira. Wesley chegou a ser socorrido por duas professoras e levado para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu.
Agência O Dia

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