sábado, 3 de julho de 2010

O dia em que O Globo confessou porque persegue Garotinho

Peço muita atenção de todos vocês para um documento histórico, que com certeza, passou despercebido para a maioria das pessoas. Pelo menos uma vez na vida, o jornal O Globo falou a verdade. Não pensem que enlouqueci. Essa confissão, involuntária, é bom frisar – é o maior atestado de bons antecedentes que as Organizações Globo poderiam me fornecer, além de expor de forma inequívoca, o jornalismo mentiroso e tendencioso que pratica contra mim.

Me refiro ao editorial publicado, em O Globo, na quarta-feira, o dia da convenção do PR. Como vocês sabem na noite anterior, por volta das 23h30, o ministro do TSE, Marcelo Ribeiro concedeu a liminar que permitiu que eu fosse candidato. Acontece que nessa hora, o jornal já estava rodando na gráfica, tanto que a notícia da minha liminar só saiu na 2ª edição.

Continuem acompanhando o meu raciocínio para poderem entender tudo. Para quem não conhece a rotina de um jornal, quando surge um fato extraordinário que precisa ser noticiado depois que a 1ª edição está rodando na gráfica, somente algumas página sofrem alteração. A capa, quando é assunto de destaque, e páginas determinadas das editorias, Nacional, Cidade e outras. As páginas de editoriais, artigos, opinião do leitor, são rodadas antes das que trazem notícias.

Apresento esta descrição didática, para que vocês entendam, que o editorial foi impresso antes da liminar sair, e que O Globo já dava como certo que eu não conseguiria ser candidato. Estavam cantando vitória antes do tempo.

Com absoluta certeza de que eu não conseguiria a liminar, O Globo, na quarta-feira de manhã, me considerava carta fora do baralho, afinal era o último dia para a realização de convenções.

Numa decisão precipitada, que ainda será tema de discussões nas faculdades de jornalismo pelo péssimo exemplo, O Globo decidiu fazer um editorial enaltecendo “o fato de eu estar fora da eleição” – era o que eles queriam.

Pois, com a certeza que não precisavam mais se preocupar com a minha candidatura, os editorialistas de O Globo revelam de forma explícita e com uma sinceridade surpreendente, os motivos de me atacarem e me perseguirem.

Abaixo reproduzo o editorial, com partes destacadas, que peço que leiam com calma. Comemoram o fato de que eu seria impedido de me candidatar, mas não me acusam de absolutamente nada, do que ao longo dos últimos anos estamparam nas suas páginas, as mentiras, os ataques, as manipulações.

Sabem por que acham que eu deveria ter o registro negado? Simplesmente porque me acusam de ser populista, me comparam com Brizola. Dizem que sou assistencialista. Não me fazem nenhuma acusação, de desvio de dinheiro público, de improbidade, como tantas vezes me acusaram. Chegam ao ridículo de dizer que eu represento o “coronelismo medieval”. Logo eu? Isso se encaixa como uma luva é em Cabral, aliás, discípulo assumido do “coronel Sarney”.

É o que sempre digo, por trás de tudo estão os poderosos que não aceitam aqueles que defendem e governam para o povo. O resto, as acusações falsas, as calúnias, tudo não passa de jogada para enfraquecer e tentar destruir aqueles, considerados uma ameaça aos seus negócios e interesses econômicos. Esse editorial de O Globo pode ser resumido numa frase: “Até eles sabem que eu tenho as mãos limpas”. Clique na imagem para ampliar




O dia em que O Globo confessou porque me persegue

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