quinta-feira, 3 de junho de 2010

Marina critica "inchaço" da máquina pública e defende corte de gastos para conter inflação





Em entrevista para o UOL Eleições, a presidenciável Marina Silva (PV) criticou o "inchaço" na máquina pública e defendeu o corte de gastos governamentais como forma de combater a inflação no lugar do aumento de juros.
"Existe uma máquina gigante que precisa ser o tempo todo alimentada. Por que não olhar para ela e combinar eficiência e redução de gasto? É preciso fazer isso, de modo que não se subtraia recursos de onde não pode, como saúde e educação", afirmou a pré-candidata. "A máquina é inchada sim; por que a gente não pensa na profissionalização do Estado brasileiro? O Estado precisa ser aperfeiçoado", disse.
A senadora foi questionada sobre a exportação de petróleo do pré-sal. "Não se pode negar", disse a senadora, que o combustível "é uma "fonte de riqueza importante". "Infelizmente a humanidade não pode abrir mão porque ainda não há um substituto, mas deve trabalhar para renunciar o mais rápido possível a essa fonte de energia", afirmou. "A riqueza que será gerada [com a exportação do pré-sal] tem de ser usada em programa sociais, mas principalmente na pesquisa para que esse combustível seja substituido".

Marina mostrou-se favorável ao adiamento da aprovação das novas regras para a distribuição dos royalties do pré-sal. "A discussão dos roylaties deveria ficar para depois das eleições, porque hoje isso leva o Brasil a discutir uma política de ocasião", disse. "Como é algo inteiramente novo, o regramento é novo; ele tem que atender aos Estados que são tradicionalmente beneficiados, mas os benefícios tem que ser estendidos para o resto do país", afirmou a presidenciável, em alusão à necessidade de conceder royalties para mais Estados além daqueles que extraem o combustível.

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