sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Que nesse ano Deus nos ensine a Paz,
e que estejamos todos prontos para ouvir,
Que os nossos erros não sejam o nosso fardo,
Mas a experiência para decisões melhores,
Que nesse ano a religião não seja razão para o ódio,
e que os inocentes sejam sagrados,
Que as diferenças não justifiquem problemas,
Mas que mostrem soluções diferentes,
Que nesse ano toda criança possa brincar,
e que elas tenham brinquedos verdadeiros,
Que seus pais não justifiquem discórdia hoje,
Mas que falem dos sonhos de um futuro feliz,
Que nesse ano a força seja das boas palavras,
e que as palavras sejam ouvidas,
Que o poder não derrube paredes sobre as pessoas,
Mas que destrua barreiras entre elas,
Que nesse ano as nações sejam unidas,
E que a união tenha significado e seja respeitada,
Que os governantes não se esqueçam que a história não eterniza a vida, frágil e passageira,
Mas apenas pensamentos e ações,
Que nesse ano a natureza seja mãe,
E que, como filhos, tenhamos por ela o amor e o cuidado devidos,
Que as ações pelo Planeta não sejam assinadas apenas pelas nações que compreendem os problemas,
Mas também por aquelas que os causam...,
sábado, 18 de dezembro de 2010
O Fim Do Paradigma
Uma idéia
Acordo e vejo nos jornais, O ilustríssimo ministro da fazenda falando em cortes de gastos públicos. É bom mudar esta metodologia, pois o povo não quer saber desta tese que virou uma cultura neoliberal, que vem desde o tempo do Collor e da Zélia Cardoso de Melo. Esta cultura que foi criada na Av.Paulista e nos corredores da FIESP, com seus cafezais, mas agora é tempo de leite.
A presidenta nem tomou posse e já vem à aristocracia falando em conter gastos. A presidenta como toda mulher sabe onde conter os gastos e como governar a sua casa. Mas a FIESP e a FIRJAN, já querem tomar posse do novo governo. Ai vai um aviso para os senhores da gravata destas entidades : Vocês não vão tomar posse, pois ela foi eleita pelo povo e inteligente e tem um passado de luta pelo o povo e pela democracia..
Se o povo quisesse cortar gastos teriam votado no Serra, aliado dos engravatados do nariz para alto e de gel nos pouquíssimos cabelos e com seus ternos italianos...
O que o povo quer é investimentos, construção de ferrovias para os alimentos chegarem mais baratos a mesa, consertos das rodovias, emprego, educação, melhoria nos hospitais e na agricultura. Ai que se tem que gastar.
Estamos cansados! Chega das opiniões dos engravatados que só pensam em exportar e importar. Daí vem à preocupação com a queda do dólar. O que eles querem na verdade é conter os gastos para ganharem mais nas exportações, sacrificando mais 190 milhões de brasileiros. É hora de investir nos que usam camisetas, macacão, jaleco e sandália de dedo. Porque este povo foi quem ganho as eleições. Cortar gastos significa não investir no povo para que possa sobrar mais grana para os grandes negócios. Isto acabou é o fim do paradigma vocês perderam as eleições. E hora de ficarem quietos nos seus luxuosos gabinetes da Av. Paulista e na rua da candelária sede da Firjan.
Villela militante do PR.
Acordo e vejo nos jornais, O ilustríssimo ministro da fazenda falando em cortes de gastos públicos. É bom mudar esta metodologia, pois o povo não quer saber desta tese que virou uma cultura neoliberal, que vem desde o tempo do Collor e da Zélia Cardoso de Melo. Esta cultura que foi criada na Av.Paulista e nos corredores da FIESP, com seus cafezais, mas agora é tempo de leite.
A presidenta nem tomou posse e já vem à aristocracia falando em conter gastos. A presidenta como toda mulher sabe onde conter os gastos e como governar a sua casa. Mas a FIESP e a FIRJAN, já querem tomar posse do novo governo. Ai vai um aviso para os senhores da gravata destas entidades : Vocês não vão tomar posse, pois ela foi eleita pelo povo e inteligente e tem um passado de luta pelo o povo e pela democracia..
Se o povo quisesse cortar gastos teriam votado no Serra, aliado dos engravatados do nariz para alto e de gel nos pouquíssimos cabelos e com seus ternos italianos...
O que o povo quer é investimentos, construção de ferrovias para os alimentos chegarem mais baratos a mesa, consertos das rodovias, emprego, educação, melhoria nos hospitais e na agricultura. Ai que se tem que gastar.
Estamos cansados! Chega das opiniões dos engravatados que só pensam em exportar e importar. Daí vem à preocupação com a queda do dólar. O que eles querem na verdade é conter os gastos para ganharem mais nas exportações, sacrificando mais 190 milhões de brasileiros. É hora de investir nos que usam camisetas, macacão, jaleco e sandália de dedo. Porque este povo foi quem ganho as eleições. Cortar gastos significa não investir no povo para que possa sobrar mais grana para os grandes negócios. Isto acabou é o fim do paradigma vocês perderam as eleições. E hora de ficarem quietos nos seus luxuosos gabinetes da Av. Paulista e na rua da candelária sede da Firjan.
Villela militante do PR.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Fernando Peregrino: "QUEM NUNCA TEVE UMA NAMORADINHA..." O QUE É ISSO ...
Fernando Peregrino: "QUEM NUNCA TEVE UMA NAMORADINHA..." O QUE É ISSO ...: "Cabral se considera moderninho ao defender a liberação da maconha sem atentar que maconha e violencia no Rio andam juntos, fomentando, com i..."
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Fernando Peregrino: BRASIL, UM DOS PIORES EM EDUCAÇÃO!
Fernando Peregrino: BRASIL, UM DOS PIORES EM EDUCAÇÃO!: "Brasil, como tem sido sempre, coleciona péssimos indicadores em Educação. O Programa Internacional de Avaliação - PISA, da OCDE, que avalia ..."
sábado, 4 de dezembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Em meio a cerco no Complexo do Alemão, Cabral diz que governo não recua
Soldado aponta fuzil em meio a jornalistas no Complexo do Alemão.
O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, afirmou neste sábado que o governo do Estado não vai recuar da estratégia de retomar o controle do Complexo do Alemão, onde estão centenas de traficantes, com o objetivo de "garantir o ir e vir das pessoas".
"As operações em curso no Rio de Janeiro, desenvolvidas por nossos policiais, pela Polícia Federal e pelas tropas militares, são essenciais para garantir o ir e vir das pessoas", afirmou o governador, por meio de comunicado.
As forças policiais e militares mantêm na noite deste sábado o cerco ao Complexo do Alemão, com mais de 2 mil homens posicionados nos 44 acessos do complexo.
No total, são 800 soldados da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 300 agentes da Polícia Federal (PF) e 1,3 mil homens das polícias Militar e Civil.
Blindados do Exército e da Marinha e veículos do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) são utilizados na operação. A Polícia Militar estima que entre 500 e 600 traficantes estejam no Complexo do Alemão.
Segundo o governador, as equipes de Segurança têm informado a população sobre os eventos no Rio. Para ele, "o momento é de retomada de territórios, de afirmação da ordem e do Estado de Direito Democrático".
"Estamos todos unidos. Todos com o mesmo propósito: seguir em frente sem qualquer recuo na busca da libertação das pessoas do poder de bandidos nas comunidades", disse Cabral.
Cabral diz que seu compromisso é "pacificar todas as comunidades onde houver o domínio do poder paralelo".
Ultimato no por-do-sol
À tarde, o coronel Lima Castro, relações públicas da PM do Rio, chegou a dizer a jornalistas que os traficantes teriam até o por-do-sol para se entregar. No entanto, a PM ainda não iniciou a ocupação das favelas.
"A proposta é de paz, mas se formos chamados à guerra, vamos responder com a mesma força", afirmou.
A PM estabeleceu um procedimento para que os traficantes se rendessem. Eles deveriam se apresentar com fuzis sobre as cabeças e entregar as armas num posto montado na rua Joaquim Queiroz, no Complexo do Alemão, próximo à Estrada de Itararé.
Segundo Lima Castro, os bandidos estão "desgastados e estressados", sem mantimentos e munição. O coronel afirmou que a superioridade numérica e de equipamento das forças de segurança é total. "Tudo é favorável a nós".
O comandante do Batalhão de Choque, Waldir Soares Filho, disse a jornalistas que todas as pessoas que entram ou saem do Complexo do Alemão estão sendo revistadas e sendo obrigadas a apresentar documento de identidade.
Moradora foge de casa em meio a soldados no Morro do Alemão.
Ao longo do dia, o Exército realizou vários bloqueios no Complexo do Alemão, parando e revistando pedestres, carros, motos e caminhões para evitar a fuga de traficantes.
Traficantes detidos
No total, 31 pessoas foram detidas e encaminhadas para averiguação pela Polícia Civil.
Entre eles, está Edson Souza Barreto, o "Piloto", 49 anos, chefe de segurança de Fabiano Atanázio, o "FB", chefe do tráfico na Vila Cruzeiro. Segundo a Polícia, ele tentou fugir da Vila Cruzeiro ao se mesclar a um grupo de moradores que descia o morro portando bandeiras brancas.
Já Diego Raimundo Santos, conhecido como "Mister M", se rendeu à Polícia no Morro do Alemão. Ele é suspeito de fazer a segurança do traficante "Pezão", que chefia o tráfico no local. A mãe de "Mister M" disse a jornalistas que convenceu seu filho a se entregar.
Duas pessoas foram feridas a tiros na região na manhã deste sábado, ao tentar escapar do cerco. Os dois suspeitos foram atendidos em um hospital local e levados à delegacia da região em seguida.
O coordenador da ONG Afroreggae, José Júnior, esteve no Complexo do Alemão e tentou convencer traficantes a se entregarem.
"Ninguém falou que queria partir pro enfrentamento, mas não quer dizer que ninguém vá", afirmou ele à imprensa no local ao sair. "Tentei passar pra eles que deveriam se entregar, para que não morressem e também não expusessem os moradores."
Transferência de presos
Neste sábado, dez homens presos por envolvimento nos ataques no Rio foram transferidos para o presídio federal de Catanduvas (PR), por meio de um avião que partiu do aeroporto Santos Dumont.
Na madrugada de quarta para quinta-feira, outros dez presos foram levados para Catanduvas, que, por sua vez, teve prisioneiros transferidos para Porto Velho (RO).
"A qualquer momento, quando a inteligência do Rio detectar que o melhor caminho é a transferência de pessoas para fora do estado, elas serão enviadas para presídios federais, como já vem sendo feito", disse o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
O objetivo do rodízio é evitar a proximidade dos presos entre si ou com funcionários dos presídios. De acordo com o ministro, a Polícia Rodoviária Federal está em alerta para impedir a fuga de traficantes do Rio, e todo o aparato de segurança do governo federal está à disposição do Estado.
"Entramos numa nova fase, com um pacto federativo com integração absoluta entre todas as forças de segurança para superar essa crise no Rio", disse.
No total, 35 pessoas já morreram desde o início do conflito entre polícia e traficantes no Rio, há uma semana. Entre as vítimas, mais de 20 são traficantes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
FONTES ESTADÃO
O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, afirmou neste sábado que o governo do Estado não vai recuar da estratégia de retomar o controle do Complexo do Alemão, onde estão centenas de traficantes, com o objetivo de "garantir o ir e vir das pessoas".
"As operações em curso no Rio de Janeiro, desenvolvidas por nossos policiais, pela Polícia Federal e pelas tropas militares, são essenciais para garantir o ir e vir das pessoas", afirmou o governador, por meio de comunicado.
As forças policiais e militares mantêm na noite deste sábado o cerco ao Complexo do Alemão, com mais de 2 mil homens posicionados nos 44 acessos do complexo.
No total, são 800 soldados da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 300 agentes da Polícia Federal (PF) e 1,3 mil homens das polícias Militar e Civil.
Blindados do Exército e da Marinha e veículos do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) são utilizados na operação. A Polícia Militar estima que entre 500 e 600 traficantes estejam no Complexo do Alemão.
Segundo o governador, as equipes de Segurança têm informado a população sobre os eventos no Rio. Para ele, "o momento é de retomada de territórios, de afirmação da ordem e do Estado de Direito Democrático".
"Estamos todos unidos. Todos com o mesmo propósito: seguir em frente sem qualquer recuo na busca da libertação das pessoas do poder de bandidos nas comunidades", disse Cabral.
Cabral diz que seu compromisso é "pacificar todas as comunidades onde houver o domínio do poder paralelo".
Ultimato no por-do-sol
À tarde, o coronel Lima Castro, relações públicas da PM do Rio, chegou a dizer a jornalistas que os traficantes teriam até o por-do-sol para se entregar. No entanto, a PM ainda não iniciou a ocupação das favelas.
"A proposta é de paz, mas se formos chamados à guerra, vamos responder com a mesma força", afirmou.
A PM estabeleceu um procedimento para que os traficantes se rendessem. Eles deveriam se apresentar com fuzis sobre as cabeças e entregar as armas num posto montado na rua Joaquim Queiroz, no Complexo do Alemão, próximo à Estrada de Itararé.
Segundo Lima Castro, os bandidos estão "desgastados e estressados", sem mantimentos e munição. O coronel afirmou que a superioridade numérica e de equipamento das forças de segurança é total. "Tudo é favorável a nós".
O comandante do Batalhão de Choque, Waldir Soares Filho, disse a jornalistas que todas as pessoas que entram ou saem do Complexo do Alemão estão sendo revistadas e sendo obrigadas a apresentar documento de identidade.
Moradora foge de casa em meio a soldados no Morro do Alemão.
Ao longo do dia, o Exército realizou vários bloqueios no Complexo do Alemão, parando e revistando pedestres, carros, motos e caminhões para evitar a fuga de traficantes.
Traficantes detidos
No total, 31 pessoas foram detidas e encaminhadas para averiguação pela Polícia Civil.
Entre eles, está Edson Souza Barreto, o "Piloto", 49 anos, chefe de segurança de Fabiano Atanázio, o "FB", chefe do tráfico na Vila Cruzeiro. Segundo a Polícia, ele tentou fugir da Vila Cruzeiro ao se mesclar a um grupo de moradores que descia o morro portando bandeiras brancas.
Já Diego Raimundo Santos, conhecido como "Mister M", se rendeu à Polícia no Morro do Alemão. Ele é suspeito de fazer a segurança do traficante "Pezão", que chefia o tráfico no local. A mãe de "Mister M" disse a jornalistas que convenceu seu filho a se entregar.
Duas pessoas foram feridas a tiros na região na manhã deste sábado, ao tentar escapar do cerco. Os dois suspeitos foram atendidos em um hospital local e levados à delegacia da região em seguida.
O coordenador da ONG Afroreggae, José Júnior, esteve no Complexo do Alemão e tentou convencer traficantes a se entregarem.
"Ninguém falou que queria partir pro enfrentamento, mas não quer dizer que ninguém vá", afirmou ele à imprensa no local ao sair. "Tentei passar pra eles que deveriam se entregar, para que não morressem e também não expusessem os moradores."
Transferência de presos
Neste sábado, dez homens presos por envolvimento nos ataques no Rio foram transferidos para o presídio federal de Catanduvas (PR), por meio de um avião que partiu do aeroporto Santos Dumont.
Na madrugada de quarta para quinta-feira, outros dez presos foram levados para Catanduvas, que, por sua vez, teve prisioneiros transferidos para Porto Velho (RO).
"A qualquer momento, quando a inteligência do Rio detectar que o melhor caminho é a transferência de pessoas para fora do estado, elas serão enviadas para presídios federais, como já vem sendo feito", disse o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
O objetivo do rodízio é evitar a proximidade dos presos entre si ou com funcionários dos presídios. De acordo com o ministro, a Polícia Rodoviária Federal está em alerta para impedir a fuga de traficantes do Rio, e todo o aparato de segurança do governo federal está à disposição do Estado.
"Entramos numa nova fase, com um pacto federativo com integração absoluta entre todas as forças de segurança para superar essa crise no Rio", disse.
No total, 35 pessoas já morreram desde o início do conflito entre polícia e traficantes no Rio, há uma semana. Entre as vítimas, mais de 20 são traficantes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
FONTES ESTADÃO
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
ZUMBI DOS PALMARES Libertador de escravos: 1655 - 1695
QUANDO TUDO ACONTECEU...
c.1600: Negros fugidos ao trabalho escravo nos engenhos de açúcar de Pernambuco, fundam na serra da Barriga o quilombo de Palmares; a população não pára de aumentar, chegarão a ser 30 mil; para os escravos, Palmares é a Terra da Promissão. - 1630: Os holandeses invadem o Nordeste brasileiro. - 1644: Tal como antes falharam os portugueses, os holandeses falham a tentativa de aniquilar o quilombo de Palmares. - 1654: Os portugueses expulsam os holandeses do Nordeste brasileiro. - 1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares - 1662 (?): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados e dado ao padre António Melo; será baptizado com o nome de Francisco, irá ajudar à missa e estudar português e latim. - 1670: Zumbi foge, regressa a Palmares. - 1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. - 1678: A Pedro de Almeida, Governador da capitania de Pernambuco, mais interessa a submissão do que a destruição de Palmares; ao chefe Ganga Zumba propõe a paz e a alforria para todos os quilombolas; Ganga Zumba aceita; Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. - 1680: Zumbi impera em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas. - 1694: Apoiados pela artilharia, Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares; embora ferido, Zumbi consegue fugir. - 1695, 20 de Novembro: Denunciado por um antigo companheiro, Zumbi é localizado, preso e degolado
CANDOMBLÉ
De Lisboa para o Rio de Janeiro antes que a PIDE me deitasse a mão... Ali faço boa amizade com o Ricardo, homem bem mais velho do que eu, mulato não muito escuro. Economista, tem um bom emprego no Banco do Brasil. Mas nunca é promovido. Os seus colegas brancos, que tinham entrado ao mesmo tempo do que ele, já ganham o dobro do seu salário. Diz-me:
- Portuga: sou branco de menos para chefiar e branco de mais para fazer limpeza. Até entendo a Administração do Banco: preto, se não caga na entrada, com certeza caga na saída...
Ele a dizer-me isto e eu a pensar na Casa Grande e Senzala do Gilberto Freire. Sociologia? Talvez melaço, isso sim! A disposição do português para fornicar todas as mulheres, qual seja a cor que tiverem, isso não é democracia racial, é fúria genital. E parem lá de me salpicar com o luso-tropicalismo para adoçar a pastilha... Palmadinhas nas costas mas fica aí no teu lugar, escraviza muito mais do que murros, palmatórias, chicotes, ou grilhetas. Em 1884 ocorre a Conferência de Berlim para a partilha da África pela potências europeias, fronteiras a régua e esquadro a cortar povos ao meio. Para os diplomatas, "tribos" é igual a "coisas". Ingleses, franceses, belgas e alemães usam realmente os pretos como "coisas". E com "coisas" não há trato, arrumam-se aqui, consomem-se ali, deitam-se fora quando se estragam. Já os portugueses tratam os pretos como homens, porém inferiores, eu aqui em cima, tu aí em baixo, estás a perceber ó escarumba? Palmadinhas nas costas, vai à vida e não te queixes, quem não trabuca não manduca... "Assimilados, portugueses de segunda", é justamente como Salazar chama aos pretos. É mútua a simpatia entre Gilberto e Salazar. Está-se a ver porquê...
Venho de um país em que a Igreja é o grande sustentáculo do fascismo. O que me seduz em Ricardo é o escárnio permanente que ele faz da Bíblia:
- Para o asno forragem, chicote e carga; para o servo pão, castigo e trabalho, diz a Bíblia, ou dizem os seus pregadores. Portuga: a Bíblia tem feição de senhor de escravos... Ó se a gente preta tirada das brenhas da sua Etiópia, e passada ao Brasil, conhecera bem quanto deve a Deus, e à sua Santíssima Mãe por este que pode parecer desterro, cativeiro e desgraça, e não é senão milagre, e grande milagre!, prega um pregador famoso. Portuga: a Bíblia tem palavras de feitor... Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, é Jesus Cristo, dizem outros; exorcizam os orixás como espíritos do Inferno e tratam de excomungar os seus fiéis e seguidores. Portuga: a Bíblia tem maneiras de inquisidor... Antigamente só padres brancos é que podiam explicar a Bíblia ao povo negro e bem sabemos o que foi essa explicação. Portuga, é como te digo: a Bíblia tem focinho de homem branco...
Corrijo:
- Focinho de opressor, isso sim!
- Portuga: para nós, opressor e branco são sinónimos.
- Crioulo: para nós, em Portugal, opressor é quem oprime, seja branco, seja preto.
Então conto-lhe dos meus amigos em Lisboa. Entre eles, dois negros. Um, o Agostinho Neto, é a sisudez aguerrida; virá a ser o primeiro presidente de Angola. O outro, o Amílcar Cabral, é a alegria militante; não verá a independência da sua Guiné-Bissau, será assassinado antes. O mais subversivo, o mais perigoso, o que mais assusta os opressores é a alegria contestatária, cuidam sempre de visá-la e abatê-la; perguntem ao Samora Machel se estou errado...
Bem sei que estou a atafulhar conhecimentos adquiridos em épocas sucessivas. Explica-se: estava, ou estou, ou estarei a ser laçado por um nó do tempo, ali tudo a acontecer no agora, o que foi, o que é, e o que será.
Ricardo aponta-me um contínuo do Banco do Brasil: é o Zé Pelintra, negro talhado em mogno, fraca figura, apagado, tímido, modesto. No terreiro do candomblé, quando nele baixa Ogum, o seu orixá, transforma-se num tipo dominador e combativo. Interrompo:
- Ogum é São Jorge, não é?
Ricardo irrita-se:
- Nesse jacutá, Ogum é Ogum, não é São Jorge; Iansã é Iansã, não é Santa Bárbara; Xangô é Xangô, não é São Jerónimo; Oxalá é Oxalá, não é Jesus Cristo. Ali não há mixórdia, é tudo autêntico, sem carnaval para turista ver. Não é seita, é religião de oprimido. Entendes, ó Portuga?
Entendo, mas quero ver. Ele hesita. Naquele jacutá só vai preto. E o pessoal ficaria renitente, ou mesmo desconfiado, com a presença de um branco. Não perco a oportunidade para malhar:
- Como é, Ricardo? Vocês agora andam a trabalhar com negativos do racismo?
Decide-se, leva-me. É a noite de 19 de Novembro, disso me lembro. Realmente sou olhado com desconfiança. Alguns até bufam, rosnam, hostilidade. Rufar ritmado de atabaques. Babalorixás e Ialorixás, sacerdotes e sacerdotisas entoam cânticos, alaluê, alaluá, não sei que mais numa língua ou dialecto africano. Zé Pelintra cai em transe, espuma, treme, cai no chão, esperneia. Logo se levanta e realmente mudou de personalidade, os seus olhos até chispam, saravá! baixou Ogum. Sempre a comandar, aconselha e ampara os seus fiéis, alguns dos quais também caiem em transe ao contacto das suas mãos. De repente olha para mim, aponta:
- Ocê num tá creditando, num é?
Abano a cabeça. Insiste:
- Vê prá crê, cumo São Tomé, num é? Vosmecê num qué tomá uma cerveja?
- Vinho, se houver. De preferência tinto.
- Essa é bebida de Xangô, que é seu orixá, tou vendo. Vamo chamá...
Aproxima-se de mim. Impõe as suas mãos sobre a minha testa. Apago-me.
Quando torno a mim, já é dia 20. Fremem os atabaque e o povo canta:
- Zumbi, Zumbi, oia Zumbi! Oia Zumbi mochicongo. Oia Zumbi!
CANAVIAIS
Madrugada no terreiro, flores já murchas pelo chão. Ogum retirou-se. Sobrou o Zé Pelintra, fraca figura, outra vez a timidez subiu à tona. Ricardo diz-me que, apesar de branco, Axé, a força viva de Deus, manifestara-se em mim. Xangô, o orixá da Justiça, começara por baixar em mim. Depois, por mim tinham falado a princesa Aqualtune, a seguir os seus filhos Ganga Zumba e Gana Zona e, finalmente, o seu neto Zumbi dos Palmares. Hoje é o dia 20 de Novembro, data em que Zumbi foi executado. Talvez por isso...
Se um orixá me usou para se manifestar no lado de cá, em compensação usei-o eu para ver o lado de lá. Ricardo diz-me que isso não pode acontecer, não é possível, nunca! Abano a cabeça: nunca? Mas tudo, vejo tudo, e como vejo...
Vejo os canaviais de cana doce a ondular em todo o litoral do Nordeste brasileiro. Vejo os navios negreiros a aportar a Recife, zarparam da costa ocidental de África. Branca é sempre a cor do opressor? E os sobas e régulos africanos que venderam outros negros, seus prisioneiros, aos escravocratas brancos? Transportados como gado no porão, vejo que em Pernambuco desembarcam yorubás, angolas, benguelas, congos, cabindas, monjolos, quiloas, minas, rebolos e uns tantos mais, homens, mulheres, até crianças.
Vejo a princesa Aqualtune a ser vendida num leilão de escravos. Vejo que a levam para a casa grande de um senhor de engenho. Dão-lhe um banho e roupa nova, vai aprender a servir à mesa.
Vejo os seus irmãos e o seu povo amontoados na senzala. Vejo que, a chicote, são acordados antes do nascer do sol. Vejo que são empurrados para os canaviais e começam a cortar cana. Há negros promovidos a feitores, também eles usam chicote. Branca é sempre a cor do opressor? Vejo os cativos que juntam e amarram molhes de cana. Vejo que, às costas, os transportam para o engenho. Vejo a moenda, a casa de purgar, as fornalhas, a casa dos cobres, galpões e depósitos, vejo negros que não param de labutar. Trabalho muito, comida pouca, no máximo viverão mais seis ou sete anos.
- Que morram! (diz um senhor). Em África, pretos é o que não falta... O que é preciso é produzir!
Vejo o açúcar disputado pelos mercados da Europa. Vejo um cativo exausto a abrandar o ritmo de trabalho. Um feitor (negro, negro...) trata-lhe as costas a chicote. Um outro dá-lhe palmatoadas nas nádegas. Esfregam com sal as feridas, carne viva. Esse é o castigo para a preguiça, a dor ficará para sempre na memória.
Vejo, a cavalo, um capitão-do-mato (negro, negro...), de carabina a tiracolo, a caçar um escravo fugitivo. Consegue laçá-lo. Se não conseguisse, apontava, fuzilava. Arrasta-o para a senzala. Impõe-lhe uma canga no pescoço e nela as mãos ficam presas. Dá-lhe então o tratamento de chicote e sal. Uma semana depois um capataz, mas branco, retira-lhe a canga, leva-o para o suplício do tronco, no qual os tornozelos ficam presos e, por isso, sentado ou deitado queda-se o preto, e logo leva o segundo tratamento de chicote e sal.
Vejo que, apesar do risco, há escravos que não desistem de fugir. Vejo que, do porto de Recife, rumo a Lisboa, todos os meses largam navios e mais navios com o açúcar produzido por 66 grandes engenhos. A Europa muito aprecia esta doçura luso-tropical.
PALMARES
Em Pernambuco, os escravos fogem. Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a Tábua Cronológica.
Não desistem, apesar do risco... E fogem, como fogem, não param de fugir... Antes a morte do que vida tal. Vejo um grupo de escravos fugitivos a estabelecer-se na serra da Barriga, hoje está no mapa de Alagoas. Isso ocorre, parece-me, por volta de 1600. Vejo que, uns dez anos mais tarde, também a Princesa Aqualtune consegue fugir para a Serra da Barriga. Nó do tempo, remoinhos, remoinhos, e logo vejo que em 1630 a população é já de 3 mil. É quando os holandeses invadem o Nordeste brasileiro. Vejo que a invasão desorganiza a produção açucareira. Vejo que o estado de guerra entre portugueses e holandeses facilita a fuga de um número cada vez maior de escravos. E que em 1670 eles já são 30 mil, república de negros que, por conta própria, correram em busca da liberdade. Ao quilombo dão o nome de Palmares, realmente palmeiras é o que ali não falta. Vejo que o território, a 30 léguas do litoral, é uma faixa com 200 quilómetros de largura, paralela à costa, e que vai desde a margem esquerda do curso inferior do São Francisco até à altura do Cabo de Santo Agostinho. Vejo que abrange o planalto de Garanhuns e, para além da Serra da Barriga, as Serras do Cafuchi, Juçara, Pesqueira e Comonati. Vejo que é banhado por nove rios. Vejo que a floresta e o terreno acidentado tornam difícil a incursão dos soldados brancos. Vejo que a república tem vários mocambos. O principal, o que foi fundado pelo primeiro grupo de escravos foragidos, fica na Serra da Barriga e leva o nome de Cerca do Macaco. Duas ruas espaçosas com umas 1500 choupanas e uns 8 mil habitantes. E Amaro, outro mocambo, tem 5 mil. E há outros, como Sucupira, Tabocas, Zumbi, Osenga, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche. Uma rede de 11 mocambos no quilombo de Palmares.
Vejo que a floresta dá quase tudo quanto o povo precisa: frutas, folhas de palma com que fazem as coberturas das choupanas, também as fibras para a confecção de esteiras, vassouras, chapéus, cestos e leques. E ainda a noz de palma de que fazem óleo. Vejo que fazem vestimenta das cascas de algumas árvores. E que produzem manteiga de coco. E que plantam milho, mandioca, legumes, feijão e cana. E que fazem comércio dos seus produtos com pequenas povoações vizinhas, de brancos e mestiços, mas onde não impera a monocultura da cana. Portanto, de escravos não precisam eles. Afinal sempre é possível o relacionamento pacífico entre brancos e pretos, e agora estou a lembrar-me do Amílcar Cabral, e do Agostinho Neto, e do Samora Machel. Não me chateiem, já disse que é um nó do tempo, remoinhos, remoinhos...
Vejo que, em Palmares, as exigências de produção para alimentar milhares de bocas, e a urgência de promover o convívio de tanta gente, leva os palmarinos a organizar o quilombo como se fosse um pequeno Estado. Há leis que passam a regulamentar a vida dos habitantes e algumas são bastantes duras. Roubo, deserção e homicídio são punidos com a morte. Vejo que as decisões mais importantes são tomadas em assembleias nas quais participam todos os adultos. Reparo que a língua franca, naquela babel de tantas línguas e dialectos, é o português ou um crioulo de português. Sei que o mesmo acontecerá no outro lado do Atlântico e até no Índico. Observo que a autoridade é sempre aceite. Não sofrida, nem contestada, pois resulta da vontade colectiva.
Eis-me agora em Olinda, remoinhos. Sei que haver além, naquelas serras, uma Terra da Promissão para os pretos, é o alvoroço permanente dos cativos em Pernambuco, tão perto fica a liberdade... "Há que arrasar Palmares, há que recuperar, vender ou matar os pretos fujões!" - ouço que dizem os senhores de engenho, diz também a tropa portuguesa. E tentam, vejo que tentam, muitas e muitas vezes tentam destruir o quilombo, mas repelidos acabam sempre. Só a Cerca do Macaco é defendida por uma tríplice paliçada, cada qual sob a guarda aturada de 200 homens. A defesa da liberdade é, sem dúvida, a grande organizadora do povo de Palmares.
Primeiro são repelidos os portugueses e depois os holandeses em 1644. Vejo que estes até acabam por desistir de assolar o quilombo. Têm outras guerras mais prementes...
Em 1654 os portugueses expulsam os holandeses do Nordeste brasileiro. Ao fim de 24 anos de guerras e guerrilhas, ficam normalizadas a vida da capitania e a produção açucareira. "Agora o que é preciso é arrasar Palmares!" - ouço os senhores de engenho a reclamar e vejo o Governador a concordar com a exigência.
Mas também vejo que, no ano seguinte, uma das filhas da Princesa Aqualtune pare um menino ao qual é dado o nome de Zumbi, que significa Eis o Espírito! Como sei disto, eu cá não sei...
ZUMBI
Zumbi retorna a Palmares. Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a Tábua Cronológica.
Vejo que o menino Zumbi corre livremente pelas terras cultivadas do seu mocambo natal, a Cerca do Macaco. Vejo que, aos sete anos, soldados portugueses o apanham desprevenido e o arrastam, com outros negros, para Porto Calvo. Vejo o garoto ser oferecido ao padre António Melo. Vejo que o padre o baptiza com o nome de Francisco. Vejo que lhe ensina português e latim. Aprende rapidamente e começa a ajudar à missa. É considerado rapaz esperto, cativo mui fiel, vigilância abrandada e ele a preparar a retirada. Vejo que, aos quinze anos, finalmente foge da paróquia para Palmares, retorna aos seus.
Vejo que nesse mesmo ano de 1670, Ganga Zumba, filho da Princesa Aqualtune, tio de Zumbi, assume a chefia do quilombo. Vejo que, em 1675, a tropa comandada pelo Sargento-mor Manuel Lopes, depois de batalha sangrenta, ocupa um mocambo com mais de mil choupanas. Vejo que os negros se retiram. Vejo que, cinco meses depois, os negros contra-atacam, combate feroz e Manuel Lopes é obrigado a retirar para Recife.
Condutor dos guerreiros quilombolas é Zumbi, condutor já venerado e tem apenas 20 anos. Do meu caminho arredo almas, procuro-o, digo-lhe:
- És tu o Espártaco negro?
Olha para mim, desconfiado. Nele parece-me reconhecer a sisudez do Agostinho Neto.
- Quem é esse?
- Foi o chefe dos escravos sublevados, na Roma antiga.
- O que lhe aconteceu?
- Lutou até ao fim, foi preso e executado, morreu pregado na cruz.
- Antes esse do que o outro que o padre Melo me queria impingir...
Não me conformo:
- Por que dizes isso? Logo tu, que até aprendestes latim e ajudaste à missa...
Rasga um sorriso que reconheço ser o de Amílcar Cabral. É quanto basta para eu ser apanhado por outro nó do tempo e dou comigo na igreja matriz de Olinda. O pregador famoso do Ricardo, afinal é o próprio padre António Vieira. A dourar a mansidão, sermão ao povo negro:
- Oh se a gente preta tirada das brenhas da sua Etiópia, e passada ao Brasil, conhecera bem quanto deve a Deus, e à sua Santíssima Mãe por este que pode parecer desterro, cativeiro e desgraça, e não é senão milagre, e grande milagre!
António Vieira fala depois no Coré, que quer dizer Calvário. Explica:
- Declara David no título do último salmo quem sejam os operários destas trabalhosas oficinas, e diz que são os filhos de Coré: Pro torcularibus filiis Core. Não há trabalho, nem género de vida no mundo mais parecido à cruz e paixão de Cristo, que o vosso em um destes engenhos.
Remata:
- Bem-aventurados vós se soubéreis conhecer a fortuna do vosso estado, que é um grande milagre da providência e misericórdia divina.
Ouço e vejo tudo, desfaz-se o nó, retorno a Palmares. Quero continuar a conversa mas, sorrindo sempre como o Amílcar, Zumbi acena um adeus, vai-se embora. Tem mais que fazer, os seus guerreiros esperam por ele.
GANGA ZUMBA
Vejo que em 1676 Fernão Carrilho comanda as tropas das vilas apostadas na extinção de Palmares. Ataca o quilombo: insucesso! Regressa a Recife. Mas não desiste. No ano seguinte ataca a Cerca do Macaco. A princesa Aqualtune, o seu filho Ganga Zumba e a maioria dos negros conseguem fugir. Carrilho dirige-se depois para o mocambo de Gana Zona, outro filho de Aqualtune, mas encontra-o em cinzas, incêndio previamente ateado pelos habitantes, terra queimada. Entre as ruínas descubro uma capela com santos da Igreja Católica.
- Mas o que é isto? - pergunto-me.
Zumbi ressurge, sorrindo sempre:
- De África para o Brasil, orixás ou santos, cada qual escolhe os seus, é a única liberdade que os negros têm...
Desaparece.
Carrilho assenta arraiais em Sucupira, pede reforços. Engenha operações-relâmpago, mata muitos pretos, aprisiona outros, entre estes Gana Zona e dois filhos de Ganga Zumba. Pensa já ter destruído Palmares, regressa a Recife, festejos. Porém, passados poucos meses, o quilombo já está reconstruído.
O Governador Pedro de Almeida sabe que é muito difícil a extinção do quilombo. Mais lhe interessa a submissão do que a destruição. Se conseguir fazer a paz, concedendo perdão e alforria aos quilombolas, Palmares poderá vir a ser um novo reduto português, uma nova vila colonial. Manda emissários fazer a proposta a Ganga Zumba, que medita, remói e decide aceitá-la. Muitos chefes negros louvam a prudência e a sabedoria da decisão. Em 1678 Ganga Zumba manda ao Recife três dos seus filhos e mais doze chefes para firmarem a paz. Ganga Zumba é promovido a mestre-de-campo. Para comemorar o acontecimento, vejo que há missa de acção de graças na igreja matriz de Olinda.
Vejo que irrompe Zumbi em desacordo, revoltado contra o tio:
- Enquanto houver um negro cativo, nenhum negro será livre!
Vejo Ganga Zumba a expulsá-lo da Cerca do Macaco.
A JOVEM GUARDA
Zumbi congrega a Jovem Guarda de Palmares. Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a Tábua Cronológica.
Acompanho Zumbi de mocambo em mocambo. Ouço que diz a cada jovem:
- És tu um negro livre? E o teu pai, e os teus irmãos, que sofrem o tratamento de chicote e sal, que sofrem os suplícios da canga e do tronco? E a tua mãe, as tuas irmãs, que são forçadas a abrir as pernas para o senhor de engenho e para os filhos do senhor de engenho? Diz-me: tu és realmente um negro livre?
Em poucos meses está arregimentada a Jovem Guarda do quilombo, guerras e guerrilhas, incêndio de canaviais até às portas de Recife e Porto Calvo. Armas de fogo e munições, só aquelas que os guerreiros negros vão tomando ao inimigo.
Vejo que Pedro de Almeida liberta Gana Zona e manda-o a parlamentar com Zumbi. O tio não consegue dobrar o sobrinho.
Vejo que, na Cerca do Macaco, um jovem põe veneno na comida e assim morre Ganga Zumba. Agora, o incontestado imperador de Palmares, é Zumbi.
Batalhas terríveis. Vejo que o Conselho Ultramarino Português se refere a Zumbi, "tão célebre pelas hostilidades que faz em toda aquela Capitania de Pernambuco, sendo o maior açoite para os povos dela." E ouço que dele diz um dignatário: "Negro de singular valor, grande ânimo e constância rara."
Vejo que, em 1680, Aires de Sousa e Castro é o novo Governador de Pernambuco. Manda apregoar perdão e honrarias ao Capitão Zumbi. O Senhor Governador até já lhe chama capitão... Não morde o isco, segundo Ganga Zumba não é ele, não, não deponho as armas, enquanto houver um negro cativo, nenhum é livre!
DOMINGOS JORGE VELHO
Vejo que em 1686 há um novo Governador em Pernambuco, o seu nome é Souto Maior, e a guerra contra o Zumbi dos Palmares continua sempre sangrenta.
Vejo que Souto Maior manda chamar Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista que, com a sua tropa, gente feroz, andava a prear e a matar os índios do Piauí. Vejo que, a troco de um quinto do valor dos negros recuperados, terras e perdão para os possíveis crimes dos seus homens, o convida para a guerra contra Palmares. O governo entrará com as armas, munições e víveres. Vejo que o acordo entre ambos é assinado em 1691. Vejo mil homens a atacar Palmares e vejo Zumbi e a Jovem Guarda a resistirem na Cerca do Macaco. Vejo Domingos Jorge Velho retirar para Porto Calvo.
Mas também vejo que o Governador manda o Capitão-mor Vieira de Mello ajudar o bandeirante. De 23 a 29 de Janeiro de 1694, duas vezes a tropa tenta romper a Cerca, duas vezes são repelidas. Até mulheres, lá do alto, lançam água a ferver sobre os soldados portugueses. Mas a 6 de Fevereiro, de Recife chegam bombardas. Assestam, disparam, a tiro grosso conseguem rasgar brechas na tripla cerca do mocambo. É por elas que os soldados invadem a cidadela, corpo-a-corpo, massacre, charcos de sangue. Vejo que Zumbi leva dois tiros mas consegue escapar.
- Zumbi não morre, oia Zumbi! não pode morrer, oia Zumbi! tem o corpo fechado, oia Zumbi! - rezam os negros.
Vejo que em 1695, no caminho de Penedo a Recife, é preso um velho quilombola. Prometem-lhe a vida se apontar o esconderijo de Zumbi. E ele aponta. O bandeirante André Furtado de Mendonça é quem comanda o cerco, vence, prende e degola Zumbi dos Palmares. É o dia 20 de Novembro de 1695. O bandeirante leva a cabeça para Recife, repicam os sinos, dia feriado, acção de graças.
- Zumbi, Zumbi, oia Zumbi! Oia Zumbi mochicongo. Oia Zumbi!
Vejo que os negros aprisionados são todos vendidos para capitanias distantes, assim se corta pela raiz a esperança de regeneração do quilombo. As terras de Palmares são divididas em lotes e doadas em sesmarias aos capitães vencedores.
De 1600 a 1695... Durante quase cem anos um espinho cravado na garganta dos escravocratas de Pernambuco... Os tais da casa grande e senzala, os do melaço luso-tropical...
FEITIÇO
Quando torno a mim já é dia 20. Fremem os atabaques e o povo canta:
- Zumbi, Zumbi, oia Zumbi! Oia Zumbi mochicongo. Oia Zumbi!
Cativos do racismo, não me espanta que os filhos de escravos negros invoquem o espírito do Espártaco negro. Atordoado, saio do terreiro.
O Ricardo quer levar-me a casa, de automóvel. Agradeço mas recuso, prefiro ir a pé, estou abafado, talvez a brisa da madrugada me refresque. Alcanço o Largo do Machado e começo a subida. Moro em Santa Teresa, é bairro que me seduz. Lá do alto, gosto muito de ver a cidade a contornar os morros e a esparramar-se pelas praias.
Ouço passos, volto-me, mais abaixo há dois vultos que me seguem. Certamente dois do jacutá, escamados com a presença de um branco. Não me apresso, que venham, logo se vê...
Zumbi traído, Amílcar traído, a traição nunca desarma. E os Ganga Zumbas que há na vida? Cuidar da nossa pele, da nossa pança, os outros que se danem, quem não chegou, chegasse... E os que lutaram pela liberdade e, de oprimidos passaram a opressores? Como aquele negro que lutou na Guiné, lado a lado com o Amílcar? Terá de ser sempre assim, não damos outra volta às nossa vidas?
Chego a casa, não olho para o lado, meto a chave, entro, puxo os lençóis, caio na cama, a ver se durmo...
Na manhã seguinte, à minha porta, está uma galinha preta degolada. Dou-lhe um pontapé, o bicho levanta voo rasante, cai na valeta. Estou de bem comigo, tenho o corpo fechado, feitiço em mim não ferra o dente.
Fernando Correia da Silva
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Movimentos em defesa das minorias cobram de Dilma cargos na Esplanada
Representantes de movimentos de igualdade racial e em defesa de minorias começam a cobrar da presidente eleita cargos na Esplanada e defesa de inclusão de políticas específicas
Ao levantar a possibilidade de entregar a mulheres pelo menos 30% dos cargos na Esplanada, a presidente eleita, Dilma Rousseff, mal imaginava que abria uma brecha para reivindicação de representantes de movimentos de igualdade e em defesa de minorias. A Dilma, agora cabe materializar na equipe a diversidade sexual e racial que defendeu ao longo da campanha. Para os afrodescendentes, é importante que membros da comunidade estejam em postos importantes. Diferentemente do que pensam representantes de índios e de gays, lésbicas e transgêneros. Se a petista conseguir criar políticas públicas sérias para esses segmentos, já está de bom tamanho.
Integrantes do movimento em defesa da mulher negra resolveram declarar que querem uma fatia do poder público a partir de 2011. “Nós somos maioria, queremos representatividade não só no Ministério do Esporte e em secretarias especiais. Queremos ministras negras. Até porque a questão da mulher negra é muito mais grave do que a do homem negro. A sociedade nos colocou num lugar que não é nosso”, diz uma das coordenadoras do Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN), da Bahia, Gicélia Cruz.
Ela engrossa o coro liderado pelo presidente da ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Santos. Na segunda-feira da semana passada, ele encaminhou carta à presidente eleita em que defende uma cota de 30% de negros na equipe ministerial. O frei ainda não recebeu resposta e acha que isso talvez não aconteça tão cedo. “Entramos numa briga de foice. Todo mundo quer cargo”, afirmou ele. No Congresso Nacional, o pedido é considerado legítimo.
Para a senadora Fátima Cleide (PT-RO), sem reclamação não tem crescimento. “Acho que Dilma vai considerar cada um dos pedidos para composição do governo”, afirma. “É fundamental que esses movimentos sejam ouvidos”, acrescenta o senador Gilvam Borges (PMDB-AP).
Entre os indígenas, mais do que representantes no alto escalão, o que preocupa é o silêncio de Dilma em relação a eles durante e após as eleições. “Não houve bom senso nem sensibilidade para lembrar o índio”, reclama o representante da Coordenação dos Povos Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Marcos Apurinã. No segundo turno, ele entregou aos candidatos à Presidência uma carta com as demandas da raça. Entre eles, a aprovação do novo estatuto dos Povos Indígenas e do Projeto de Lei do Conselho Nacional e Política Indigenista. “Defendemos ainda a implementação de uma política educacional nas aldeias e uma saúde de qualidade.”
Uma outra fonte de dor de cabeça do dirigente diz respeito às grandes obras de infraestrutura tocadas pelo atual governo e que devem ser concluídas com Dilma. Segundo ele, nenhuma entidade ligada aos índios foi consultada sobre a construção das hidrelétricas de Jirau, no Rio Madeira (RO), que já está em andamento, e de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). “O governo fez vista grossa e nos empurrou goela abaixo essas obras. O Brasil quer ser de Primeiro Mundo sem levar em conta a voz das minorias”, diz. Apurinã defende a permanência dos titulares da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Antônio Alves, e da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. “O importante é que se dê continuidade aos trabalhos”, afirmou ele.
Ameaça de barulho
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, não há qualquer interesse por cargos ou status. Mas isso não quer dizer que o movimento seja indiferente às indicações para o próximo governo. Caso um dos ministros, por exemplo, tenha um histórico de comportamento homofóbico, a categoria vai fazer barulho. “A presidente vai se incomodar com a gente. Não vamos aceitar quem não nos respeita”, afirma ele. A única reivindicação do segmento é a execução do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos para a população LGBT. “Queremos gente competente para discutir políticas para essa faixa de brasileiro”, declara Toni.
Enquanto os demais movimentos tentam encontrar um lugar no governo Dilma, feministas festejam a intenção voluntária da presidente de aumentar a presença das mulheres na Esplanada. Para a coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres, Elza Campos, a decisão da presidente eleita é carregada de simbolismos. “Embora ela não seja feminista, ela tem sensibilidade e compreensão sobre o papel da mulher.”
Única mulher eleita da bancada da Bahia para o mandato de 2011 a 2014 na Câmara dos Deputados, Alice Portugal (PCdoB), também celebrou a iniciativa. “É uma decisão muito avançada. É uma forma de afirmar o gênero, já que isso ainda não aconteceu no Legislativo”, declarou. Nas eleições deste ano, foram eleitas 45 deputadas federais e oito senadoras. Juntas, elas ocupam menos de 10% das cadeiras do Congresso. “É uma situação vexaminosa”, afirmou Alice.
Luciana Bezerra
Publicação: 16/11/2010 08:15 Atualização: 16/11/2010
Cidade Nova: metrô gratuito em horário ampliado
Funcionamento da estação é das 5h à meia-noite a partir de hoje. Previsão é de que passageiros passem de 2 mil a 10 mil
Rio - Começa a funcionar hoje a Estação Cidade Nova, no Centro, no horário normal de operação do metrô, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 5h à meia-noite. Por enquanto, não haverá cobrança de tarifa para embarque na nova estação. A gratuidade termina no dia 1º de dezembro. A passarela de acesso sobre a Av. Presidente Vargas já funciona no período integral e abre também aos sábados, das 5h à meia-noite, e domingos e feriados, das 7h às 23h.
Nova estação, cujo piso é inspirado no canteiro central da Avenida Atlântica, terá embarque pago só a partir do dia 1º de dezembro, após um mês de funcionamento gratuito para testes | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
De acordo com a concessionária Metrô Rio, nos primeiros dez dias de funcionamento, desde a abertura, em 1º de novembro, a média de passageiros na estação ficou em torno de 2 mil pessoas por dia. A previsão da empresa é de que, com a operação plena, circulem no local cerca de 10 mil passageiros por dia.
A nova estação deve beneficiar os passageiros que desembarcam na Avenida Presidente Vargas, vindos da Linha 2 e dos trens da SuperVia. Esse público utiliza atualmente as estações do Estácio e da Praça Onze, ambas da Linha 1. A estação do metrô vai permitir a ligação com a Rodoviária Novo Rio e com a Estação da Leopoldina, onde funcionará o futuro terminal do trem de alta velocidade ligando o Rio a São Paulo.
O desenho artístico do piso da estação, do mezanino e da nova passarela foi desenvolvido pelo escritório Burle Marx & Cia. Ltda. A nova estação possui seis elevadores para pessoas com dificuldades de locomoção, placas de orientação em braile e piso diferenciado para auxiliar na locomoção de deficientes visuais. Três elevadores já estão funcionando e os demais entram em operação até o fim do ano.
A nova estação tem passarela de acesso ao metrô medindo 221 metros, instalada a uma altura de 6,45m da via. A altura foi determinada pela prefeitura, acima dos 6,25 m, para permitir a passagem de carros alegóricos durante o Carnaval. Até 2014, a empresa planeja entregar à população mais uma estação, a Uruguai, na Tijuca, Zona Norte.
Funcionários do teleatendimento do Detran entram em greve
Rio - Pelo menos dois mil funcionários do teleatendimento do Detran-RJ entraram em greve, na manhã desta terça-feira. Os atendentes fazem um protesto na porta do prédio do órgão, no Centro. O grupo reclama da suspensão de benefícios, como vale-transporte e vale-refeição. Segundo informações do Detran, os motoristas podem continuar fazendo agendamento para vistorias de veículos e pedidos de carteira de habilitação pelo site (www.detran.rj.gov.br). O Detran informou que o setor de teleatendimento é dividido em turnos, de 6h à meia-noite.
Cabral continua o fanfarrão de sempre
Sergio Cabral faz o que quer com o noticiário do ‘Globo’.
Hoje, o jornal informa que o governador deverá fazer dois ministros: o da Saúde e o das Minas e Energia.
Ou os repórteres, ou o governador, deram para beber no horário do expediente.
* * *
O PSB fez seis governadores, e o PMDB apenas cinco.
Com esse cacife, os socialistas estão reinvindicando quatro ministérios.
Já o fanfarrão do Rio acredita que, da cota do PMDB, dois ministérios serão indicados por ele.
Ele quer a Saúde, transferindo assim as algemas para Brasília, e mais o das Minas e Energia, o xodó da Presidenta.
* * *
Desde que Dilma se transferiu para a Casa Civil, Minas e Energia ficou com o PMDB do Maranhão, leia-se José Sarney.
O diferença de votos que Dilma teve no Rio, contra José Serra, foi a mesma diferença que ela obteve no Maranhão. E isso em números absolutos. Só que lá, o eleitorado é de apenas 4 milhões de eleitores, contra 12 milhões do Rio.
* * *
Cabral diz que o Rio deve ficar com Minas e Energia, pois tanto a Petrobras quanto a Eletrobras tem suas sedes na capital fluminense.
Mas isso desde suas criações.
Por que será que Cabral não teve, no governo Lula, não o ministério, nem a presidencia dessas estatais, mas pelo menos uma diretoria?
Por uma razão simples: ele não tem quadros.
* * *
No mesmo noticiário de ‘O Globo’, está dito que ele trabalha por Jorge Picciani.
A notícia certamente só pode ter sido dada para agradar o próprio Picciani.
Não teria o menor sentido Dilma fazer um ministério de derrotados.
* * *
Fora isso, é sabido que o PMDB não confia, quer distância, e boa parte de sua liderança detesta o governador Sergio Cabral.
Ele já deu diversas provas de traição ao partido.
Em foi o único governador que ficou contra a candidatura de Michel Temer para a presidência do PMDB. Na época, Cabral fez o possível para eleger Nelson Jobim , cuja candidatura durou pouco mais de 24 horas.
Depois, emprestou a barriga para que Lula gestasse a candidatura de José Gomes Temporão para o ministério da Saúde, contra o desejo do partido.
* * *
A diferença de votos que Dilma Rousseff obteve no Rio foi ridícula.
E isso porque ela não contou com o empenho do governador na campanha.
Nem Cabral, nem Picciani, gastaram um único tostão no segundo turno.
Cabral abandonou a campanha e viajou, de férias, para a Europa.
Cabral não participou de nenhum ato político em favor da candidata, a não ser nos momentos em que ela estava presente.
Cabral não foi a Brasília cumprimentar Dilma e nem ouviu o seu discurso.
Cabral disse, no Twitter, que ele telefonou para parabenizar Lula. O governador acredita firmemente que Lula é quem comandará o futuro governo.
* * *
A quem interessar possa.
Os tres governadores queridinhos de Dilma são Cid Gomes (CE), Jacques Wagner (BA) e Eduardo Campos (PE).
Exatamente nessa ordem.
Quem quiser prosseguir nessa lista, e nomear os três seguintes, também não encontrará o nome de Cabral.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A jogada eleitoral de Eduardo Paes
O prefeito Eduardo Paes vai lançar o tal Bolsa-Carioca obviamente com objetivo eleitoral e nada mais. Acha que com isso vai reverter a sua rejeição entre a população mais pobre, que hoje é altíssima, o que nem poderia ser diferente já que persegue diariamente com seus “choques de ordem” as pessoas humildes.
Mas vejam o absurdo, que o Bolsa Carioca vai ser distribuído até aos que já recebem o Bolsa-Família. Mas o pior não é isso. Comenta-se que Paes e seu amigo do peito e braço-direito Pedro Paulo, secretário da Casa Civil vão usar o benefício também para que vereadores e políticos aliados possam distribuí-lo nos seus redutos eleitorais. É bom que o MP fique de olho nesse Bolsa Carioca.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Escritório da mulher de Cabral vira foco político
ITALO NOGUEIRA
DO RIO
O vínculo do escritório da primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo, com concessionárias e fornecedores do Estado virou o principal alvo de concorrentes de Sérgio Cabral Filho (PMDB) a sua sucessão no governo do Estado. O candidato Fernando Peregrino (PR) protocolou ontem no Ministério Público nova denúncia contra o governador e sua mulher.
De acordo com os documentos, a Procuradoria Geral do Estado cancelou, entre janeiro e março de 2009, 98 multas impostas pelo Procon contra a Oi (antiga Telemar) no valor total de R$ 836 milhões. A empresa é cliente do escritório de Ancelmo.
Peregrino, alçado candidato após a desistência de Anthony Garotinho (PR) de disputar o cargo, afirma que o caso "mostra mais uma vez a mistura entre o público e o privado" na administração Cabral. O escritório do qual Ancelmo é sócia majoritária (tem 59% das cotas) advoga também para Supervia e Metrô, ambas concessionárias do Estado nos serviços de trem e metrô, respectivamente.
Cabral, porém, obteve vitórias na polêmica. Conseguiu, junto ao Conselho Superior do Ministério Público, o arquivamento, no dia 11, do procedimento que investigava irregularidades no vínculo entre o escritório de sua esposa e as duas concessionárias do setor de transportes. A medida ocorreu um dia antes do debate da TV Bandeirantes, no qual o tema foi uma das principais cobranças contra o governador.
A PGE, por sua vez, afirma que a decisão para cancelar as multas são da administração de Rosinha Garotinho. O governo Cabral, segundo a nota divulgada pelo órgão, apenas deu apenas continuidade à decisão.
Segundo o órgão, o Procon aplicou multas no valor máximo permitido pela legislação, sem considerar a infração cometida. O problema, segundo a nota, foi detectado pela própria PGE em 2006, quando as multas foram suspensas.
"Os erros de cobrança foram detectados ainda em 2006, a tempo de evitar o ajuizamento de Execuções Fiscais que, ao invés de proporcionar receitas para o Estado, gerariam condenações em favor da empresa, pois os valores das multas eram desproporcionais", diz a nota. Segundo a Procuradoria, multas de outras empresas, como a Light, foram suspensas e canceladas.
Os documentos usados por Peregrino na nova denúncia ao MP indicam, de fato, suspensão da multa no último ano da administração Rosinha Garotinho.
O escritório da primeira-dama afirmou que não advoga em ações contra o Estado "por respeito à Adriana". Ressaltou ainda que a Oi é cliente apenas em casos trabalhistas. A Oi informou que "não comenta debate político".
sábado, 24 de julho de 2010
Isenção milionária no Bilhete Único
Prefeitura deixaria de receber R$ 33 milhões das empresas de ônibus
Rio - A conta do Bilhete Único municipal vai sair mais alta do que o esperado para os cofres do Rio. O prefeito Eduardo Paes enviou à Câmara Municipal polêmico projeto de lei que prevê isenção de R$ 33 milhões em impostos ao ano para as empresas que vencerem a licitação para operar as linhas de ônibus da cidade. A renúncia fiscal, considerada fundamental para a implantação do cartão, deixou revoltados vereadores oposicionistas.
O projeto de lei altera o Código Tributário do Município do Rio, baixando de 2% para 0,01% a alíquota de Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrada das viações. Autor da proposta, o prefeito Eduardo Paes não se pronunciou sobre o assunto. Na justificativa do projeto, entretanto, ele afirma que a redução do ISS serve para o “desenvolvimento do transporte coletivo na cidade”.
A redução é um dos itens do edital questionados pelo Tribunal de Contas do Município, como O DIA mostrou quinta-feira. O pedido de esclarecimentos poderia atrasar a licitação das linhas, da qual depende o Bilhete Único da capital. A prefeitura quer lançá-lo em outubro.
Parlamentares da oposição não se conformaram com a proposta do prefeito. Paes sempre afirmou publicamente que não iria conceder subsídios às empresas de ônibus para a implantação do Bilhete Único, ao contrário do que fez o governador Sérgio Cabral com o cartão intermunicipal. “Isso é subsídio indireto. Ainda não acredito que isso está acontecendo”, afirmou a vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB).
Reação semelhante teve o colega dela, Paulo Pinheiro (PPS). “Com isso, ele descumpre a promessa de não dar subsídios às empresas de ônibus”, revoltou-se Pinheiro.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, alega que a diminuição da alíquota trará benefícios para a população. “O objetivo da prefeitura é viabilizar um transporte barato. Não faz sentido cobrar esse imposto se a gente quer baixar as tarifas para os passageiros”, afirma. Procurada, a Fetranspor não quis se pronunciar.
Renúncia já estava no edital
Prevista para ser votada na Câmara apenas em agosto, a redução do ISS já constava no edital de licitação para o transporte de ônibus na cidade. Assim, as empresas que participam do leilão na próxima sexta-feira contam com a isenção fiscal antes mesmo de sua aprovação pelo Legislativo.
Com isso, o governo municipal — que já tem maioria na Câmara — diminui os riscos de que o projeto não seja aprovado pelos vereadores. O motivo é que nem mesmo os parlamentares da oposição querem ficar com o ônus de barrar o projeto e, dessa maneira, inviabilizar a licitação e o Bilhete Único.
Fonte Jornal O DIA.
Rio - A conta do Bilhete Único municipal vai sair mais alta do que o esperado para os cofres do Rio. O prefeito Eduardo Paes enviou à Câmara Municipal polêmico projeto de lei que prevê isenção de R$ 33 milhões em impostos ao ano para as empresas que vencerem a licitação para operar as linhas de ônibus da cidade. A renúncia fiscal, considerada fundamental para a implantação do cartão, deixou revoltados vereadores oposicionistas.
O projeto de lei altera o Código Tributário do Município do Rio, baixando de 2% para 0,01% a alíquota de Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrada das viações. Autor da proposta, o prefeito Eduardo Paes não se pronunciou sobre o assunto. Na justificativa do projeto, entretanto, ele afirma que a redução do ISS serve para o “desenvolvimento do transporte coletivo na cidade”.
A redução é um dos itens do edital questionados pelo Tribunal de Contas do Município, como O DIA mostrou quinta-feira. O pedido de esclarecimentos poderia atrasar a licitação das linhas, da qual depende o Bilhete Único da capital. A prefeitura quer lançá-lo em outubro.
Parlamentares da oposição não se conformaram com a proposta do prefeito. Paes sempre afirmou publicamente que não iria conceder subsídios às empresas de ônibus para a implantação do Bilhete Único, ao contrário do que fez o governador Sérgio Cabral com o cartão intermunicipal. “Isso é subsídio indireto. Ainda não acredito que isso está acontecendo”, afirmou a vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB).
Reação semelhante teve o colega dela, Paulo Pinheiro (PPS). “Com isso, ele descumpre a promessa de não dar subsídios às empresas de ônibus”, revoltou-se Pinheiro.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, alega que a diminuição da alíquota trará benefícios para a população. “O objetivo da prefeitura é viabilizar um transporte barato. Não faz sentido cobrar esse imposto se a gente quer baixar as tarifas para os passageiros”, afirma. Procurada, a Fetranspor não quis se pronunciar.
Renúncia já estava no edital
Prevista para ser votada na Câmara apenas em agosto, a redução do ISS já constava no edital de licitação para o transporte de ônibus na cidade. Assim, as empresas que participam do leilão na próxima sexta-feira contam com a isenção fiscal antes mesmo de sua aprovação pelo Legislativo.
Com isso, o governo municipal — que já tem maioria na Câmara — diminui os riscos de que o projeto não seja aprovado pelos vereadores. O motivo é que nem mesmo os parlamentares da oposição querem ficar com o ônus de barrar o projeto e, dessa maneira, inviabilizar a licitação e o Bilhete Único.
Fonte Jornal O DIA.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Cabral não diz se prefere Serra ou Dilma para retomar royalties
Rio - O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB subiu no muro ao ser questionado, durante encontro com artistas na madrugada de terça para quarta-feira, se a eventual eleição de José Serra (PSDB) à presidência não tornaria sua vida mais fácil em um segundo mandato, uma vez que o tucano já se manifestou contrário às emendas constitucionais dividindo royalties do petróleo entre as unidades da Federação, reduzindo o ganho dos estados produtores.
Aliado de Dilma Rousseff (PT), o governador respondeu à pergunta, dizendo que não sabia, segundo um dos participantes do encontro, no apartamento do artista plástico Vik Muniz, de frente para a Praia de Ipanema (Zona Sul). Cabral também disse não saber quando perguntado se a candidata petista, enquanto ministra chefe da Casa Civil havia trabalhado a favor da proposta de partilha.
As emendas, dos senadores Pedro Simon e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) foram inseridas na discussão do marco regulatório do pré-sal, proposto pelo Planalto enquanto Dilma ainda estava na Casa Civil e à qual Serra se opôs que fosse feita no ano da eleição.
Estiveram no encontro com Cabral, entre outros, os atores Fernanda Torres, Xuxa Lopes e Marco Nanini, os cineastas Arnaldo Jabor, Domingos Oliveira e Guilherme Coelho, as cantoras Fernanda Abreu e Sandra de Sá e a secretária estadual de Cultura, Adriana Rates.
"O Rio é a capital da cultura no Brasil (...) um dos maiores centros de artes plásticas da América Latina e onde se produz mais da metade do cinema brasileiro. É importante estar com eles e ouvir as sugestões (...) o ambiente tem melhorado para a chamada indústria criativa, com ações de segurança e uma agenda de eventos", afirmou o governador.
Cabral ainda tentou minimizar o fracasso do comício com Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (16), quando as campanhas esperaram de 50 mil a 100 mil pessoas e a candidata petista acabou discursando para apenas mil, incluindo cabos eleitorais pagos. "Faremos outras caminhadas. Tinha 15 mil pessoas (menos de um terço do mínimo previsto, antes do comício, na Avenida Rio Branco) caminhando sob tempo muito ruim, até que veio a chuva desesperadora e muita gente saiu".
Cabral se desculpa por tragédia
Rio - O governador Sérgio Cabral e o comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, pediram desculpas ontem ao comerciário Ricardo Freire de Andrade pela morte do filho dele, Wesley Guilber de Andrade, de 11 anos. O estudante foi baleado com tiro de fuzil dentro da sala de aula do Ciep Rubens Gomes, em Costa Barros, na sexta-feira. No encontro de uma hora, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Cabral voltou a condenar a operação do 9º BPM (Rocha Miranda) nas favelas da Pedreira, da Quitanda e da Lagartixa, que resultou na tragédia.
Foto: Uanderson Fernandes/ Agência O Dia
Ricardo, que tatuou o nome do filho no braço, pediu justiça. Após o encontro, ele precisou tomar calmantes
“Em toda ação precisa haver coragem e bom senso. Faltou o bom senso nesse caso. Disse a ele que a melhor maneira de homenagear seu filho é continuar firme com nosso trabalho de pacificação nas comunidades”, afirmou Cabral. Abalado, Ricardo passou o resto do dia em casa, sob efeito de calmantes.
Ex-mulher do comerciário e mãe de Wesley, Islaine do Nascimento passou mal ontem e não compareceu ao encontro com o governador. Segundo Sílvio Andrade, que acompanhou o irmão no Palácio Guanabara, Ricardo ficou emocionado e chorou bastante diante de Sérgio Cabral.
“O governador pediu desculpas e prometeu apuração rigorosa para punir os culpados. Ricardo pediu justiça, mas ainda está muito indignado”, comentou Sílvio, preocupado com o irmão, que tem problemas cardíacos. Ontem, equipe de psicólogos da Secretaria Municipal de Educação continuou o atendimento a pais, alunos e professores da unidade. O trabalho se estenderá até sexta-feira.
Atingido dentro da escola
Wesley Guilber de Andrade, 11, foi atingido por uma bala perdida dentro da sala de aula do Ciep Rubens Gomes, próximo à passarela de Costa Barros, na manhã da última sexta-feira. Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) trocavam tiros com bandidos do Morro da Pedreira. Wesley chegou a ser socorrido por duas professoras e levado para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu.
Agência O Dia
Foto: Uanderson Fernandes/ Agência O Dia
Ricardo, que tatuou o nome do filho no braço, pediu justiça. Após o encontro, ele precisou tomar calmantes
“Em toda ação precisa haver coragem e bom senso. Faltou o bom senso nesse caso. Disse a ele que a melhor maneira de homenagear seu filho é continuar firme com nosso trabalho de pacificação nas comunidades”, afirmou Cabral. Abalado, Ricardo passou o resto do dia em casa, sob efeito de calmantes.
Ex-mulher do comerciário e mãe de Wesley, Islaine do Nascimento passou mal ontem e não compareceu ao encontro com o governador. Segundo Sílvio Andrade, que acompanhou o irmão no Palácio Guanabara, Ricardo ficou emocionado e chorou bastante diante de Sérgio Cabral.
“O governador pediu desculpas e prometeu apuração rigorosa para punir os culpados. Ricardo pediu justiça, mas ainda está muito indignado”, comentou Sílvio, preocupado com o irmão, que tem problemas cardíacos. Ontem, equipe de psicólogos da Secretaria Municipal de Educação continuou o atendimento a pais, alunos e professores da unidade. O trabalho se estenderá até sexta-feira.
Atingido dentro da escola
Wesley Guilber de Andrade, 11, foi atingido por uma bala perdida dentro da sala de aula do Ciep Rubens Gomes, próximo à passarela de Costa Barros, na manhã da última sexta-feira. Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) trocavam tiros com bandidos do Morro da Pedreira. Wesley chegou a ser socorrido por duas professoras e levado para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu.
Agência O Dia
domingo, 18 de julho de 2010
Ausência de juíza anula decisões
Ministério Público Estadual pediu à Justiça que desconsidere as audiências realizadas por secretária em Juizado Criminal Guapimirim em 16 de junho. Naquele dia, nem a promotora estava presente, pois sofrera acidente de carro
Rio - Sem juíza, sem validade. O Ministério Público estadual pediu à Justiça a anulação das decisões tomadas nas audiências de instrução e julgamento feitas no Juizado Especial Adjunto Criminal de Guapimirim, dia 16 de junho. Como O DIA mostra desde quarta-feira, também no cível as sessões foram realizadas pelas ‘secretárias’ da juíza Myriam Therezinha Simen Rangel Cury.
Foto: Reprodução
O pedido da promotora Débora Martins Moreira foi feito ao juiz Orlando Feitosa, que substitui à juíza, que entrou de licença especial no mesmo dia em que as reportagens começaram a ser publicadas. A Corregedoria da Justiça investiga a atuação dela e das servidoras.
Fotos: Reprodução.
No documento encaminhado ao juiz sexta-feira, a promotora alega que os atos não têm validade sem a presença da juíza e pede para serem realizadas novas audiências. No dia 16 de junho, enquanto a analista judiciária Andrea de Lima Guerra fazia as audiências do cível, no criminal as 15 sessões eram comandadas pela técnica de atividade judiciária Tarsilla Carla Calvo Chiti, sozinha. Nem a promotora Débora estava presente, porque sofrera acidente de carro.
O esquema montado por Myriam Therezinha em Guapimirim também era repetido no Juizado Especial Cível em Inhomirim, Magé. Lá, era Tarsilla quem fazia o papel da magistrada. Nessa comarca, Myriam Therezinha foi substituída pela juíza Luciana Mocco.
Myriam chegava a marcar audiências em dois juizados diferentes na mesma hora. As atas das sessões eram entregues sem a assinatura dela, que estava ausente, mas no texto havia a informação de que a juíza presidia as audiências.
COMO RECORRER
Para anular as decisões nas audiências realizadas sem a magistrada, os advogados ou os outros envolvidos no processo têm que pedir a realização de nova audiência à Justiça. De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Magé, Sérgio Ricardo da Silva e Silva, a sede da entidade — que fica na Rua Doutor Domingues Belize, 250, no Centro de Magé — está à disposição dos interessados para orientações sobre o procedimento. Dúvidas também podem ser tiradas pelo e-mail oabmage@ism.com.br.
Trio envolvido no caso pode perder o cargo
A Corregedoria da Justiça, que investiga o caso, vai enviar o relatório ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça. Os 25 desembargadores podem punir a juíza Myriam Therezinha até com a perda do cargo. A mesma punição poderá ser aplicada ainda às ‘secretárias’ Andrea de Lima Guerra e Tarsilla Carla Calvo Chit
O trio pode responder ainda a processo criminal. Na representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) feita à Corregedoria, a entidade pediu que fosse encaminhada cópia para o Ministério Público do estado para a apuração do crime de falsidade ideológica, praticado pela magistrada, e usurpação de função pública pelas servidoras.
Por duas semanas de junho, equipe de O DIA frequentou os fóruns de Magé e Guapimirim. Nos dias 16 e 22, foram feitas gravações das ‘secretárias’ presidindo as audiências no lugar da juíza Myriam Therezinha.
Rio - Sem juíza, sem validade. O Ministério Público estadual pediu à Justiça a anulação das decisões tomadas nas audiências de instrução e julgamento feitas no Juizado Especial Adjunto Criminal de Guapimirim, dia 16 de junho. Como O DIA mostra desde quarta-feira, também no cível as sessões foram realizadas pelas ‘secretárias’ da juíza Myriam Therezinha Simen Rangel Cury.
Foto: Reprodução
O pedido da promotora Débora Martins Moreira foi feito ao juiz Orlando Feitosa, que substitui à juíza, que entrou de licença especial no mesmo dia em que as reportagens começaram a ser publicadas. A Corregedoria da Justiça investiga a atuação dela e das servidoras.
Fotos: Reprodução.
No documento encaminhado ao juiz sexta-feira, a promotora alega que os atos não têm validade sem a presença da juíza e pede para serem realizadas novas audiências. No dia 16 de junho, enquanto a analista judiciária Andrea de Lima Guerra fazia as audiências do cível, no criminal as 15 sessões eram comandadas pela técnica de atividade judiciária Tarsilla Carla Calvo Chiti, sozinha. Nem a promotora Débora estava presente, porque sofrera acidente de carro.
O esquema montado por Myriam Therezinha em Guapimirim também era repetido no Juizado Especial Cível em Inhomirim, Magé. Lá, era Tarsilla quem fazia o papel da magistrada. Nessa comarca, Myriam Therezinha foi substituída pela juíza Luciana Mocco.
Myriam chegava a marcar audiências em dois juizados diferentes na mesma hora. As atas das sessões eram entregues sem a assinatura dela, que estava ausente, mas no texto havia a informação de que a juíza presidia as audiências.
COMO RECORRER
Para anular as decisões nas audiências realizadas sem a magistrada, os advogados ou os outros envolvidos no processo têm que pedir a realização de nova audiência à Justiça. De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Magé, Sérgio Ricardo da Silva e Silva, a sede da entidade — que fica na Rua Doutor Domingues Belize, 250, no Centro de Magé — está à disposição dos interessados para orientações sobre o procedimento. Dúvidas também podem ser tiradas pelo e-mail oabmage@ism.com.br.
Trio envolvido no caso pode perder o cargo
A Corregedoria da Justiça, que investiga o caso, vai enviar o relatório ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça. Os 25 desembargadores podem punir a juíza Myriam Therezinha até com a perda do cargo. A mesma punição poderá ser aplicada ainda às ‘secretárias’ Andrea de Lima Guerra e Tarsilla Carla Calvo Chit
O trio pode responder ainda a processo criminal. Na representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) feita à Corregedoria, a entidade pediu que fosse encaminhada cópia para o Ministério Público do estado para a apuração do crime de falsidade ideológica, praticado pela magistrada, e usurpação de função pública pelas servidoras.
Por duas semanas de junho, equipe de O DIA frequentou os fóruns de Magé e Guapimirim. Nos dias 16 e 22, foram feitas gravações das ‘secretárias’ presidindo as audiências no lugar da juíza Myriam Therezinha.
Tatico, o nômade generoso
Deputado que já se elegeu por Goiás e pelo DF e protagonizou várias confusões muda domicílio para Minas, onde despeja recursos
Teixeiras (MG) — Um esparrame de milhões de reais para o interior de Minas Gerais, especialmente na Zona da Mata, Alto Paranaíba e Sul, é a estratégia do deputado federal José Fuscaldi Cesílio, o José Tatico (PTB-GO), para tentar garantir sua reeleição na Câmara dos Deputados este ano. Depois de ver seu nome ligado a escândalos em Brasília e em Goiás sob as mais diversas acusações, Tatico, bem no estilo nômade, agora quer se eleger por Minas Gerais, onde tem despejado recursos de suas emendas parlamentares e também da fortuna amealhada com inúmeras empresas. A presença de Tatico em cidades da Zona da Mata já é amplamente perceptível. São cartazes de festas, reforma de estádios, máquinas agrícolas e tratores adquiridos com emenda parlamentar, asfalto, tudo com a rubrica do deputado José Tatico ou da rede de supermercado popular fundado por ele em Ceilândia.
A reportagem percorreu as cidades mineiras de Teixeiras, Pedra do Anta, Jequeri e Ervália e não teve dificuldade para identificar a presença, nada discreta, de Tatico em Minas. Sobre a pintura branca, imaculada, das paredes do Estádio José Corsino Mol, em Teixeiras, gritam em letras vermelhas o patrocinador da reforma: “Supermercado Tatico”.
Para conseguir se candidatar por Minas, o político transferiu seu título para a tranquila Teixeiras, sua cidade natal, a 215km de Belo Horizonte. Como domicílio eleitoral, forneceu o endereço de sua residência, uma propriedade na localidade de Vista Alegre, zona rural do município, de acordo com certidão da 268ª Zona Eleitoral de Teixeiras. Na verdade, é apenas um endereço fictício. Todos na cidades sabem que Tatico há muito não é visto por lá. No local, vive um sobrinho. Ele reforma uma velha casa que em nada lembra a residência de um milionário que, em 2006, declarou ao TRE ser dono de um patrimônio de R$ 17,8 milhões.
Na praça central da cidade, sob a sombra de palmeira, o taxista Francisco Daniel Barbosa, seu Chiquito, confirma que o amigo de infância não aparece por aquelas bandas há muito tempo. “Estamos esperando ele aqui, porque, até agora, só chegaram as melhorias. Máquinas, asfalto e tem ainda R$ 700 mil que ele deu para asfaltar mais coisas que não podem ser usados agora por causa da eleição”, conta Chiquito.
A ficção do domicílio eleitoral de Tatico fica evidente também a partir do registro de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral, onde forneceu seu endereço em Brasília. Além disso, dados enviados ao TRE goiano em 2006, o parlamentar tinha um rebanho de 25 mil cabeças de gado, que disse valer R$ 15 milhões, e duas fazendas: uma de 648 hectares em Mimoso de Goiás (GO), de R$ 1,5 milhão, e outra de 600 hectares em Pirinópolis (GO), de R$ 1,3 milhão. Já para as eleições deste ano, o patrimônio dele teria desaparecido ou seja, é zero.
Correio brasiliense .FONTE
Teixeiras (MG) — Um esparrame de milhões de reais para o interior de Minas Gerais, especialmente na Zona da Mata, Alto Paranaíba e Sul, é a estratégia do deputado federal José Fuscaldi Cesílio, o José Tatico (PTB-GO), para tentar garantir sua reeleição na Câmara dos Deputados este ano. Depois de ver seu nome ligado a escândalos em Brasília e em Goiás sob as mais diversas acusações, Tatico, bem no estilo nômade, agora quer se eleger por Minas Gerais, onde tem despejado recursos de suas emendas parlamentares e também da fortuna amealhada com inúmeras empresas. A presença de Tatico em cidades da Zona da Mata já é amplamente perceptível. São cartazes de festas, reforma de estádios, máquinas agrícolas e tratores adquiridos com emenda parlamentar, asfalto, tudo com a rubrica do deputado José Tatico ou da rede de supermercado popular fundado por ele em Ceilândia.
A reportagem percorreu as cidades mineiras de Teixeiras, Pedra do Anta, Jequeri e Ervália e não teve dificuldade para identificar a presença, nada discreta, de Tatico em Minas. Sobre a pintura branca, imaculada, das paredes do Estádio José Corsino Mol, em Teixeiras, gritam em letras vermelhas o patrocinador da reforma: “Supermercado Tatico”.
Para conseguir se candidatar por Minas, o político transferiu seu título para a tranquila Teixeiras, sua cidade natal, a 215km de Belo Horizonte. Como domicílio eleitoral, forneceu o endereço de sua residência, uma propriedade na localidade de Vista Alegre, zona rural do município, de acordo com certidão da 268ª Zona Eleitoral de Teixeiras. Na verdade, é apenas um endereço fictício. Todos na cidades sabem que Tatico há muito não é visto por lá. No local, vive um sobrinho. Ele reforma uma velha casa que em nada lembra a residência de um milionário que, em 2006, declarou ao TRE ser dono de um patrimônio de R$ 17,8 milhões.
Na praça central da cidade, sob a sombra de palmeira, o taxista Francisco Daniel Barbosa, seu Chiquito, confirma que o amigo de infância não aparece por aquelas bandas há muito tempo. “Estamos esperando ele aqui, porque, até agora, só chegaram as melhorias. Máquinas, asfalto e tem ainda R$ 700 mil que ele deu para asfaltar mais coisas que não podem ser usados agora por causa da eleição”, conta Chiquito.
A ficção do domicílio eleitoral de Tatico fica evidente também a partir do registro de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral, onde forneceu seu endereço em Brasília. Além disso, dados enviados ao TRE goiano em 2006, o parlamentar tinha um rebanho de 25 mil cabeças de gado, que disse valer R$ 15 milhões, e duas fazendas: uma de 648 hectares em Mimoso de Goiás (GO), de R$ 1,5 milhão, e outra de 600 hectares em Pirinópolis (GO), de R$ 1,3 milhão. Já para as eleições deste ano, o patrimônio dele teria desaparecido ou seja, é zero.
Correio brasiliense .FONTE
sábado, 10 de julho de 2010
Licitação da reforma do Maracanã cheia de irregularidades
A nota é da coluna “EXTRA, EXTRA!”. Vejam como as coisas funcionam no governo Cabral. Uma licitação de R$ 720 milhões cheia de vícios e irregularidades, tudo sendo atrasado propositalmente. Esse é o jogo para encarecer e atrasar a obra. É um jogo de cartas marcadas que vai fazer a reforma ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão.
Fonte: Blog do garotinho
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Procuradora acusada de torturar criança é condenada a oito anos e dois meses de prisão
A Procuradora aposentada, Vera Lúcia Sant'Anna, de 67 anos, foi condenada nesta quinta-feira (8/7), 8, a oito anos e dois meses de reclusão, em regime fechado, por crime de tortura praticado contra uma menina de dois anos de idade, que estava sob sua guarda provisória.
A decisão foi do juiz Mario Henrique Mazza, da 32ª Vara Criminal do Rio, que rejeitou o pedido de incompetência do juízo, alegado pela defesa da acusada. O magistrado negou ainda a transferência da ré para prisão domiciliar e manteve a prisão cautelar dela, que respondeu ao processo presa.
Saiba mais...
Testemunhas de acusação depõe contra procuradora aposentada no Tribunal de Justiça do Rio Procuradora na cadeia Procuradora acusada de agredir criança se entrega no Rio Justiça nega pedido de liberdade para procuradora acusada de torturar menina de 2 anos Justiça decreta prisão de procuradora RJ: Menina vítima de maus-tratos chora durante sessão com psicólogos
Para o juiz, o Auto de Inspeção Judicial assinado pela juíza em exercício na Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro, que relatou o estado em que a criança estava após as agressões foi decisivo para a condenação da procuradora. De acordo ainda com a decisão, todas as lesões foram igualmente constatadas e descritas no Laudo de Exame de Corpo Delito e no boletim médico assinado por médicos da emergência pediátrica do Hospital Miguel Couto.
Vera Lúcia está presa desde o dia 13 de maio em uma cela especial do presídio feminino Nelson Hungria, no conjunto penitenciário de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela se entregou à Justiça após ter ficado mais de uma semana foragida.
FONTE JORNAL CORREIO BRASILIENSE
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Incêndio destrói vegetação da Serra do Barata
domingo, 4 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
O dia em que O Globo confessou porque persegue Garotinho
Peço muita atenção de todos vocês para um documento histórico, que com certeza, passou despercebido para a maioria das pessoas. Pelo menos uma vez na vida, o jornal O Globo falou a verdade. Não pensem que enlouqueci. Essa confissão, involuntária, é bom frisar – é o maior atestado de bons antecedentes que as Organizações Globo poderiam me fornecer, além de expor de forma inequívoca, o jornalismo mentiroso e tendencioso que pratica contra mim.
Me refiro ao editorial publicado, em O Globo, na quarta-feira, o dia da convenção do PR. Como vocês sabem na noite anterior, por volta das 23h30, o ministro do TSE, Marcelo Ribeiro concedeu a liminar que permitiu que eu fosse candidato. Acontece que nessa hora, o jornal já estava rodando na gráfica, tanto que a notícia da minha liminar só saiu na 2ª edição.
Continuem acompanhando o meu raciocínio para poderem entender tudo. Para quem não conhece a rotina de um jornal, quando surge um fato extraordinário que precisa ser noticiado depois que a 1ª edição está rodando na gráfica, somente algumas página sofrem alteração. A capa, quando é assunto de destaque, e páginas determinadas das editorias, Nacional, Cidade e outras. As páginas de editoriais, artigos, opinião do leitor, são rodadas antes das que trazem notícias.
Apresento esta descrição didática, para que vocês entendam, que o editorial foi impresso antes da liminar sair, e que O Globo já dava como certo que eu não conseguiria ser candidato. Estavam cantando vitória antes do tempo.
Com absoluta certeza de que eu não conseguiria a liminar, O Globo, na quarta-feira de manhã, me considerava carta fora do baralho, afinal era o último dia para a realização de convenções.
Numa decisão precipitada, que ainda será tema de discussões nas faculdades de jornalismo pelo péssimo exemplo, O Globo decidiu fazer um editorial enaltecendo “o fato de eu estar fora da eleição” – era o que eles queriam.
Pois, com a certeza que não precisavam mais se preocupar com a minha candidatura, os editorialistas de O Globo revelam de forma explícita e com uma sinceridade surpreendente, os motivos de me atacarem e me perseguirem.
Abaixo reproduzo o editorial, com partes destacadas, que peço que leiam com calma. Comemoram o fato de que eu seria impedido de me candidatar, mas não me acusam de absolutamente nada, do que ao longo dos últimos anos estamparam nas suas páginas, as mentiras, os ataques, as manipulações.
Sabem por que acham que eu deveria ter o registro negado? Simplesmente porque me acusam de ser populista, me comparam com Brizola. Dizem que sou assistencialista. Não me fazem nenhuma acusação, de desvio de dinheiro público, de improbidade, como tantas vezes me acusaram. Chegam ao ridículo de dizer que eu represento o “coronelismo medieval”. Logo eu? Isso se encaixa como uma luva é em Cabral, aliás, discípulo assumido do “coronel Sarney”.
É o que sempre digo, por trás de tudo estão os poderosos que não aceitam aqueles que defendem e governam para o povo. O resto, as acusações falsas, as calúnias, tudo não passa de jogada para enfraquecer e tentar destruir aqueles, considerados uma ameaça aos seus negócios e interesses econômicos. Esse editorial de O Globo pode ser resumido numa frase: “Até eles sabem que eu tenho as mãos limpas”. Clique na imagem para ampliar
O dia em que O Globo confessou porque me persegue
Me refiro ao editorial publicado, em O Globo, na quarta-feira, o dia da convenção do PR. Como vocês sabem na noite anterior, por volta das 23h30, o ministro do TSE, Marcelo Ribeiro concedeu a liminar que permitiu que eu fosse candidato. Acontece que nessa hora, o jornal já estava rodando na gráfica, tanto que a notícia da minha liminar só saiu na 2ª edição.
Continuem acompanhando o meu raciocínio para poderem entender tudo. Para quem não conhece a rotina de um jornal, quando surge um fato extraordinário que precisa ser noticiado depois que a 1ª edição está rodando na gráfica, somente algumas página sofrem alteração. A capa, quando é assunto de destaque, e páginas determinadas das editorias, Nacional, Cidade e outras. As páginas de editoriais, artigos, opinião do leitor, são rodadas antes das que trazem notícias.
Apresento esta descrição didática, para que vocês entendam, que o editorial foi impresso antes da liminar sair, e que O Globo já dava como certo que eu não conseguiria ser candidato. Estavam cantando vitória antes do tempo.
Com absoluta certeza de que eu não conseguiria a liminar, O Globo, na quarta-feira de manhã, me considerava carta fora do baralho, afinal era o último dia para a realização de convenções.
Numa decisão precipitada, que ainda será tema de discussões nas faculdades de jornalismo pelo péssimo exemplo, O Globo decidiu fazer um editorial enaltecendo “o fato de eu estar fora da eleição” – era o que eles queriam.
Pois, com a certeza que não precisavam mais se preocupar com a minha candidatura, os editorialistas de O Globo revelam de forma explícita e com uma sinceridade surpreendente, os motivos de me atacarem e me perseguirem.
Abaixo reproduzo o editorial, com partes destacadas, que peço que leiam com calma. Comemoram o fato de que eu seria impedido de me candidatar, mas não me acusam de absolutamente nada, do que ao longo dos últimos anos estamparam nas suas páginas, as mentiras, os ataques, as manipulações.
Sabem por que acham que eu deveria ter o registro negado? Simplesmente porque me acusam de ser populista, me comparam com Brizola. Dizem que sou assistencialista. Não me fazem nenhuma acusação, de desvio de dinheiro público, de improbidade, como tantas vezes me acusaram. Chegam ao ridículo de dizer que eu represento o “coronelismo medieval”. Logo eu? Isso se encaixa como uma luva é em Cabral, aliás, discípulo assumido do “coronel Sarney”.
É o que sempre digo, por trás de tudo estão os poderosos que não aceitam aqueles que defendem e governam para o povo. O resto, as acusações falsas, as calúnias, tudo não passa de jogada para enfraquecer e tentar destruir aqueles, considerados uma ameaça aos seus negócios e interesses econômicos. Esse editorial de O Globo pode ser resumido numa frase: “Até eles sabem que eu tenho as mãos limpas”. Clique na imagem para ampliar
O dia em que O Globo confessou porque me persegue
terça-feira, 29 de junho de 2010
Democrácia e suas opiniões!
"Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia." (Nelson Mandela)
"Essa democracia é uma sociedade de proprietários para defendê-los contra os que nada possuem." (Leon Tolstoi)
"Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força."
(Luis Inácio Lula da Silva)
"A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si." (Aristóteles)
"O amor da democracia é o da igualdade." (Barão de Montesquieu)
"Meu ideal político é a democracia, para que todo homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado." (Albert Einstein)
"Essa democracia é uma sociedade de proprietários para defendê-los contra os que nada possuem." (Leon Tolstoi)
"Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força."
(Luis Inácio Lula da Silva)
"A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si." (Aristóteles)
"O amor da democracia é o da igualdade." (Barão de Montesquieu)
"Meu ideal político é a democracia, para que todo homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado." (Albert Einstein)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Mais de 3 mil pessoas no Encontro do PR
As mais de 3 mil pessoas, que foram na manhã deste domingo, ao Hotel Guanabara estavam com o espírito de convenção e transformaram o Encontro do PR, onde foi apresentada a coligação PR – PT do B, com o cantor Waguinho sendo candidato ao Senado numa das vagas. A outra é do Pastor Manoel Ferreira.
A convenção é só quarta, mas hoje, foi uma grande festa democrática, como dá pra perceber nas fotos do blog do Ricardo Gama. Rosinha emocionou a todos com suas palavras sobre as perseguições que sofremos. Depois vou falar mais sobre esse fantástico encontro que serviu para renovar as força de todos vendo o ânimo e a disposição dos companheiros.
Obrigado a todos que compareceram. E peço desculpas, aos que infelizmente, ficaram do lado de fora porque não havia mais espaço.
Fonte: Blog do Garotinho
A convenção é só quarta, mas hoje, foi uma grande festa democrática, como dá pra perceber nas fotos do blog do Ricardo Gama. Rosinha emocionou a todos com suas palavras sobre as perseguições que sofremos. Depois vou falar mais sobre esse fantástico encontro que serviu para renovar as força de todos vendo o ânimo e a disposição dos companheiros.
Obrigado a todos que compareceram. E peço desculpas, aos que infelizmente, ficaram do lado de fora porque não havia mais espaço.
Fonte: Blog do Garotinho
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
MORADORES DE RUA: A CULPA É DA FALTA DE TRANSPORTE?
Obviamente, o combate à pobreza em nosso país tem que estar alicerçado nas necessidades humanas básicas amplamente conhecidas, que são a saúde, educação, nutrição, habitação, saneamento básico, segurança e transporte público, sendo que esse último é fator de extrema relevância para a melhoria de vida das pessoas e deveria sempre ser privilegiado nas ações de combate à pobreza, pois é o único serviço que participa de todas as atividades da sociedade e afeta as pessoas todos os dias. As outras necessidades humanas básicas dependem fundamentalmente de algum modo de transporte para atingir seus objetivos, tais como os deslocamentos casa-trabalho, casa-escola e casa-lazer, o acesso a hospitais, a chegada dos alimentos à população, a entrega dos materiais e equipamentos para as construções de habitações, o escoamento das produções agrícolas e industriais, comercialização de produtos e serviços, entre outros.
Dessa forma, a efetiva erradicação da pobreza no Brasil deve começar pela implementação de projetos de transportes que produzam reais benefícios sociais, econômicos, ambientais e humanos para toda a população, de forma que suas finalidades precípuas sejam atingidas: deslocar seres humanos de forma econômica, rápida, segura, confortável e saudável.
Por que estou colocando isso? Porque fiquei impressionado com a recente matéria do JB sobre as pessoas dormindo nas calçadas das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, com o frio das madrugadas batendo recordes nesta época do ano, de final de outono. Na verdade, essas e muitas outras pessoas ainda preferem o relento do a um dos 53 abrigos municipais da capital.
Os moradores de rua do Centro dormem sobre papelões e cobertores doados ou recolhidos nas ruas. A prefeitura estima que existem 5.200 sem-teto espalhados pela cidade, incluindo os que estão em abrigos. A reportagem do JB relatou o caso do ex-motorista de ônibus Carlos Rodrigues da Costa, de 46 anos, que vive nas ruas há 25 anos, desde que chegou ao Rio, vindo da Bahia. Ele disse ao JB que estudou comunicação social até o segundo período e fez a seguinte crítica: “os albergues da prefeitura são cemitérios de corpos, sujos e mal-organizados e as pessoas ficam jogadas lá, sem uma terapia ocupacional para preencher suas mentes”.
A reclamação mais recorrente dos moradores de rua é a distância entre os abrigos e o Centro da cidade, onde a maioria ganha seu sustento. O segurança Jorge Luís da Silva, de 30 anos, diz ser impossível pagar o transporte diário de num abrigo na Ilha do Governador (Zona Norte) até Copacabana, onde trabalha. O caldeireiro Carlos Roberto Guimarães, de 46 anos, oriundo de Porto Alegre, há sete meses no Rio, diz que gostaria de ir para um abrigo, mas reclama das dificuldades impostas pela prefeitura para conseguir uma vaga nos abrigos: “eu gostaria de ir para algum lugar, mas não me encaixo no que eles querem, pois preciso preencher formulário e, depois de um tempo, eles nos botam para fora, mesmo sem ter para onde ir”.
Certamente, existem outros motivos para as pessoas morarem nas ruas das grandes cidades brasileiras, mas a falta de transporte público abrangente, integrado, regular e econômico talvez seja a razão principal dessa anomalia urbana. Muitos trabalhadores não ganham o suficiente para pagar o transporte casa-trabalho-casa ou moram em locais onde não há transporte que os levem às suas moradias, por isso preferem ou são obrigados a passarem a semana dormindo nas ruas.
As cidades brasileiras de médio e grande portes carecem de sistemas de ônibus, metrôs, trens suburbanos ou veículos leves sobre trilhos, desde que planejados de forma racional, abrangente e integrados e com política tarifária adequada ao poder aquisitivo da população. Isso já ajudaria bastante no combate à pobreza no Brasil e melhoraria a qualidade de vida das populações das cidades brasileiras.
Fonte: jblog
Dessa forma, a efetiva erradicação da pobreza no Brasil deve começar pela implementação de projetos de transportes que produzam reais benefícios sociais, econômicos, ambientais e humanos para toda a população, de forma que suas finalidades precípuas sejam atingidas: deslocar seres humanos de forma econômica, rápida, segura, confortável e saudável.
Por que estou colocando isso? Porque fiquei impressionado com a recente matéria do JB sobre as pessoas dormindo nas calçadas das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, com o frio das madrugadas batendo recordes nesta época do ano, de final de outono. Na verdade, essas e muitas outras pessoas ainda preferem o relento do a um dos 53 abrigos municipais da capital.
Os moradores de rua do Centro dormem sobre papelões e cobertores doados ou recolhidos nas ruas. A prefeitura estima que existem 5.200 sem-teto espalhados pela cidade, incluindo os que estão em abrigos. A reportagem do JB relatou o caso do ex-motorista de ônibus Carlos Rodrigues da Costa, de 46 anos, que vive nas ruas há 25 anos, desde que chegou ao Rio, vindo da Bahia. Ele disse ao JB que estudou comunicação social até o segundo período e fez a seguinte crítica: “os albergues da prefeitura são cemitérios de corpos, sujos e mal-organizados e as pessoas ficam jogadas lá, sem uma terapia ocupacional para preencher suas mentes”.
A reclamação mais recorrente dos moradores de rua é a distância entre os abrigos e o Centro da cidade, onde a maioria ganha seu sustento. O segurança Jorge Luís da Silva, de 30 anos, diz ser impossível pagar o transporte diário de num abrigo na Ilha do Governador (Zona Norte) até Copacabana, onde trabalha. O caldeireiro Carlos Roberto Guimarães, de 46 anos, oriundo de Porto Alegre, há sete meses no Rio, diz que gostaria de ir para um abrigo, mas reclama das dificuldades impostas pela prefeitura para conseguir uma vaga nos abrigos: “eu gostaria de ir para algum lugar, mas não me encaixo no que eles querem, pois preciso preencher formulário e, depois de um tempo, eles nos botam para fora, mesmo sem ter para onde ir”.
Certamente, existem outros motivos para as pessoas morarem nas ruas das grandes cidades brasileiras, mas a falta de transporte público abrangente, integrado, regular e econômico talvez seja a razão principal dessa anomalia urbana. Muitos trabalhadores não ganham o suficiente para pagar o transporte casa-trabalho-casa ou moram em locais onde não há transporte que os levem às suas moradias, por isso preferem ou são obrigados a passarem a semana dormindo nas ruas.
As cidades brasileiras de médio e grande portes carecem de sistemas de ônibus, metrôs, trens suburbanos ou veículos leves sobre trilhos, desde que planejados de forma racional, abrangente e integrados e com política tarifária adequada ao poder aquisitivo da população. Isso já ajudaria bastante no combate à pobreza no Brasil e melhoraria a qualidade de vida das populações das cidades brasileiras.
Fonte: jblog
terça-feira, 22 de junho de 2010
TRE-RJ julga embargos de Rosinha, Garotinho e Arnaldo Viana na segunda-feira
TRE-RJ
julga embargos de Rosinha, Garotinho e Arnaldo Viana na segunda-feira
Os embargos de declaração de Anthony Garotinho, da prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, e de Arnaldo Vianna vão ser julgados na segunda-feira (28), às 9h. O relator dos processos, juiz Luiz Márcio Pereira, tomou a decisão de antecipar o julgamento para evitar possíveis prejuízos aos candidatos, uma vez que o prazo das convenções partidárias encerra-se no dia 30 de junho.
Os embargos interpostos buscam modificar a decisão do colegiado do TRE-RJ que tornou os três políticos inelegíveis e cassou o mandato da prefeita Rosinha Garotinho. Por isso, o juiz Luiz Márcio havia intimado as partes a prestarem contrarrazões, conforme orienta a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, seriam concedidos outros três dias para o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE).
A partir de uma sugestão da procuradora regional eleitoral Silvana Batini e em função do prazo exíguo, o juiz Luiz Márcio Pereira entendeu que, excepcionalmente, as partes e o próprio MPE deveriam ser ouvidos durante o julgamento, pela sustentação oral dos advogados e da procuradora eleitoral. Com isso, estariam protegidas as “garantias fundamentais do contraditório e da ampla defesa”, redigiu o juiz.Será dia 28 segunda feira
julga embargos de Rosinha, Garotinho e Arnaldo Viana na segunda-feira
Os embargos de declaração de Anthony Garotinho, da prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, e de Arnaldo Vianna vão ser julgados na segunda-feira (28), às 9h. O relator dos processos, juiz Luiz Márcio Pereira, tomou a decisão de antecipar o julgamento para evitar possíveis prejuízos aos candidatos, uma vez que o prazo das convenções partidárias encerra-se no dia 30 de junho.
Os embargos interpostos buscam modificar a decisão do colegiado do TRE-RJ que tornou os três políticos inelegíveis e cassou o mandato da prefeita Rosinha Garotinho. Por isso, o juiz Luiz Márcio havia intimado as partes a prestarem contrarrazões, conforme orienta a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, seriam concedidos outros três dias para o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE).
A partir de uma sugestão da procuradora regional eleitoral Silvana Batini e em função do prazo exíguo, o juiz Luiz Márcio Pereira entendeu que, excepcionalmente, as partes e o próprio MPE deveriam ser ouvidos durante o julgamento, pela sustentação oral dos advogados e da procuradora eleitoral. Com isso, estariam protegidas as “garantias fundamentais do contraditório e da ampla defesa”, redigiu o juiz.Será dia 28 segunda feira
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Pré-sal fora da pauta da Câmara
Líderes do governo na Câmara e no Senado preparam estratégias para tentar reverter emenda de projeto de lei que altera distribuição dos royalties do petróleo e reduz arrecadação do Rio. Adiamento da votação favorece elaboração de defesa
Rio - Ao contrário do que se esperava, o projeto de lei que ameaça retirar 97% da arrecadação dos royalties do petróleo no Estado do Rio não está na pauta da sessão extraordinária da Câmara na terça-feira. Nesse dia, seria apreciada a emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que mantém a proposta do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que altera a distribuição dos royalties e participação especial, dando aos estados e municípios não produtores o mesmo tratamento dos produtores. No Rio, a arrecadação cairia de R$ 7,5 bilhões para R$ 186 milhões. A protelação da votação é vantajosa para o estado, que ganha tempo para elaborar estratégias.
Líderes do governo na Câmara e no Senado já traçam estratégias para tentar reverter o quadro. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), acredita que é possível resolver a questão neste semestre e aposta que pode convencer os colegas de que as propostas são inconstitucionais. No Senado, Romero Jucá (PMDB) prepara a opção de retomar as discussões sobre em novembro, quando o clima eleitoral não influenciará.
A agenda de terça-feira só prevê a votação de três projetos, um que trata da regulamentação da banda larga no País, outro que altera o código penal e um terceiro, que legisla sobre o funcionalismo público.
O deputado Otávio Leite (PSDB) afirmou que a bancada do Rio deve se reunir de novo com a estratégia de obstruir a votação, para adiar ao máximo o processo. “Esse debate tem que sair do clima das eleições. Mas já é uma boa notícia ele não entrar com a pressa anunciada na pauta da sessão extraordinária de terça-feira. A emenda de Simon é inconstitucional, porque fere o direito adquirido pelos contratos que estão em vigor”, avalia o parlamentar. Leite diz que, se o governo federal entende que é preciso repartir as riquezas do petróleo com outros estados e municípios não privilegiados com as reservas de petróleo, a União deveria retirar de sua parte em royalties para redistribuir, e não retirar dos estados produtores.
Segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o Rio saiu enfraquecido na manobra de quinta-feira, quando os senadores aprovaram a redistribuição dos royalties. “Provavelmente, a saída para o Rio e para o Espírito Santo será ceder em relação aos contratos das áreas não licitadas. É muito difícil prever como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lidar com essa história. Será que ele vai comprar a briga com os 24 estados para preservar o Rio e o Espírito Santo?”, questiona o especialista.
Estado e municípios temem o pior
Enquanto os outros estados comemoram ganhos extraordinários com a aprovação da Emenda Simon, o do Rio se preocupa com a calamidade que ela provocaria na economia. Pelo menos 12% do orçamento do estado vêm dos royalties do petróleo. Nos municípios, o percentual é ainda maior.
Poucas horas após a votação na madrugada que lesou estados e municípios produtores, o governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou a suspensão de reajustes de parte do funcionalismo. Os prefeitos da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo vão ao Supremo Tribunal Federal amanhã contra a emenda. Segundo eles, ela levaria as cidades ao caos.
Estado e municípios temem o pior
Enquanto os outros estados comemoram ganhos extraordinários com a aprovação da Emenda Simon, o do Rio se preocupa com a calamidade que ela provocaria na economia. Pelo menos 12% do orçamento do estado vêm dos royalties do petróleo. Nos municípios, o percentual é ainda maior.
Poucas horas após a votação na madrugada que lesou estados e municípios produtores, o governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou a suspensão de reajustes de parte do funcionalismo. Os prefeitos da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo vão ao Supremo Tribunal Federal amanhã contra a emenda. Segundo eles, ela levaria as cidades ao caos.
Fonte: O DIA
Rio - Ao contrário do que se esperava, o projeto de lei que ameaça retirar 97% da arrecadação dos royalties do petróleo no Estado do Rio não está na pauta da sessão extraordinária da Câmara na terça-feira. Nesse dia, seria apreciada a emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que mantém a proposta do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que altera a distribuição dos royalties e participação especial, dando aos estados e municípios não produtores o mesmo tratamento dos produtores. No Rio, a arrecadação cairia de R$ 7,5 bilhões para R$ 186 milhões. A protelação da votação é vantajosa para o estado, que ganha tempo para elaborar estratégias.
Líderes do governo na Câmara e no Senado já traçam estratégias para tentar reverter o quadro. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), acredita que é possível resolver a questão neste semestre e aposta que pode convencer os colegas de que as propostas são inconstitucionais. No Senado, Romero Jucá (PMDB) prepara a opção de retomar as discussões sobre em novembro, quando o clima eleitoral não influenciará.
A agenda de terça-feira só prevê a votação de três projetos, um que trata da regulamentação da banda larga no País, outro que altera o código penal e um terceiro, que legisla sobre o funcionalismo público.
O deputado Otávio Leite (PSDB) afirmou que a bancada do Rio deve se reunir de novo com a estratégia de obstruir a votação, para adiar ao máximo o processo. “Esse debate tem que sair do clima das eleições. Mas já é uma boa notícia ele não entrar com a pressa anunciada na pauta da sessão extraordinária de terça-feira. A emenda de Simon é inconstitucional, porque fere o direito adquirido pelos contratos que estão em vigor”, avalia o parlamentar. Leite diz que, se o governo federal entende que é preciso repartir as riquezas do petróleo com outros estados e municípios não privilegiados com as reservas de petróleo, a União deveria retirar de sua parte em royalties para redistribuir, e não retirar dos estados produtores.
Segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o Rio saiu enfraquecido na manobra de quinta-feira, quando os senadores aprovaram a redistribuição dos royalties. “Provavelmente, a saída para o Rio e para o Espírito Santo será ceder em relação aos contratos das áreas não licitadas. É muito difícil prever como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lidar com essa história. Será que ele vai comprar a briga com os 24 estados para preservar o Rio e o Espírito Santo?”, questiona o especialista.
Estado e municípios temem o pior
Enquanto os outros estados comemoram ganhos extraordinários com a aprovação da Emenda Simon, o do Rio se preocupa com a calamidade que ela provocaria na economia. Pelo menos 12% do orçamento do estado vêm dos royalties do petróleo. Nos municípios, o percentual é ainda maior.
Poucas horas após a votação na madrugada que lesou estados e municípios produtores, o governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou a suspensão de reajustes de parte do funcionalismo. Os prefeitos da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo vão ao Supremo Tribunal Federal amanhã contra a emenda. Segundo eles, ela levaria as cidades ao caos.
Estado e municípios temem o pior
Enquanto os outros estados comemoram ganhos extraordinários com a aprovação da Emenda Simon, o do Rio se preocupa com a calamidade que ela provocaria na economia. Pelo menos 12% do orçamento do estado vêm dos royalties do petróleo. Nos municípios, o percentual é ainda maior.
Poucas horas após a votação na madrugada que lesou estados e municípios produtores, o governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou a suspensão de reajustes de parte do funcionalismo. Os prefeitos da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo vão ao Supremo Tribunal Federal amanhã contra a emenda. Segundo eles, ela levaria as cidades ao caos.
Fonte: O DIA
Supremo cobra explicações
Ministra Ellen Gracie dá 10 dias para Câmara dos Deputados informar sobre votação que prejudica o Rio
Brasília - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie deu ontem prazo de dez dias para que o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), se pronuncie sobre a votação da Emenda Pedro Simon, que retira os royalties do petróleo estados produtores. Só o Rio terá prejuízo de R$ 7,3 bilhões. A ministra é relatora do mandado de segurança impetrado pelo deputado Geraldo Pudim (PR-RJ), que apontou desrespeito à Constituição na medida, e decidirá se a Câmara pode deliberar sobre medida aprovada pelo Senado.
No despacho da ministra, ela pede para que a Advocacia Geral da União (AGU) seja notificada do processo. Ellen Gracie deixa claro que tomará sua decisão, mesmo se a Câmara não se pronunciar dentro do prazo. No mandado, é pedida liminar impedindo a votação antes da apreciação do mérito da questão pelo STF.
A Emenda Simon, aprovada pelo Senado na madrugada da quinta-feira da semana passada, retira de estados e municípios produtores de petróleo a arrecadação de royalties, que passam a ser distribuídos pelo País inteiro, segundo critérios dos fundos de participação. Tais mecanismos já foram desconsiderados pelo Supremo, mas deputados e senadores ignoram a decisão da Suprema Corte do País.
CABRAL COM LULA HOJE
O corte no orçamento do estado do Rio e dos municípios fluminenses será assunto de encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral hoje no Rio. Eles conversarão depois de inauguração da Companhia Siderúrgica do Atlântico, em Santa Cruz.
Espera-se o veto presidencial à Emenda Simon. A expectativa no estado é que o presidente anuncie publicamente sua decisão na visita de hoje ao Rio.
Medalha é questionada
Ontem nos corredores da Alerj, deputados começaram a discutir uma eventual cassação da medalha Tiradentes, maior honraria da Casa, concedida ao senador Pedro Simon (PMDB-RS). Como a homenagem foi prestada por Cabral em 2000, quando era parlamentar na Casa, a maioria dos deputados preferiu não tomar a iniciativa, esperando que o autor da proposta se pronuncie. Cabral não foi localizado ontem para comentar.
A Câmara Municipal do Rio cancelou homenagem feita em 1993 ao deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que também tirava recursos dos royalties do estado.
Presidente quer votação rápida
Apesar da polêmica em torno da distribuição dos royalties, o presidente Lula tem pressa na aprovação dos projetos que tratam do marco regulatório do pré-sal. Seu objetivo é que seja leiloado este ano o primeiro bloco de exploração sob o novo regime da partilha, que substitui o de concessão. Ele cobrou do presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) a votação das propostas na semana que vem.
O que atrapalha a urgência do presidente a partir de agora deve ser a falta de quórum. A votação estava marcada para a última terça-feira, mas o jogo da seleção na Copa afastou os deputados de Brasília. Além das próximas partidas, os parlamentares estarão entretidos com as festas juninas. A expectativa no Congresso é de presença forte só em julho, antes do recesso, previsto para começar no dia 17.
Fonte: O DIA
Brasília - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie deu ontem prazo de dez dias para que o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), se pronuncie sobre a votação da Emenda Pedro Simon, que retira os royalties do petróleo estados produtores. Só o Rio terá prejuízo de R$ 7,3 bilhões. A ministra é relatora do mandado de segurança impetrado pelo deputado Geraldo Pudim (PR-RJ), que apontou desrespeito à Constituição na medida, e decidirá se a Câmara pode deliberar sobre medida aprovada pelo Senado.
No despacho da ministra, ela pede para que a Advocacia Geral da União (AGU) seja notificada do processo. Ellen Gracie deixa claro que tomará sua decisão, mesmo se a Câmara não se pronunciar dentro do prazo. No mandado, é pedida liminar impedindo a votação antes da apreciação do mérito da questão pelo STF.
A Emenda Simon, aprovada pelo Senado na madrugada da quinta-feira da semana passada, retira de estados e municípios produtores de petróleo a arrecadação de royalties, que passam a ser distribuídos pelo País inteiro, segundo critérios dos fundos de participação. Tais mecanismos já foram desconsiderados pelo Supremo, mas deputados e senadores ignoram a decisão da Suprema Corte do País.
CABRAL COM LULA HOJE
O corte no orçamento do estado do Rio e dos municípios fluminenses será assunto de encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral hoje no Rio. Eles conversarão depois de inauguração da Companhia Siderúrgica do Atlântico, em Santa Cruz.
Espera-se o veto presidencial à Emenda Simon. A expectativa no estado é que o presidente anuncie publicamente sua decisão na visita de hoje ao Rio.
Medalha é questionada
Ontem nos corredores da Alerj, deputados começaram a discutir uma eventual cassação da medalha Tiradentes, maior honraria da Casa, concedida ao senador Pedro Simon (PMDB-RS). Como a homenagem foi prestada por Cabral em 2000, quando era parlamentar na Casa, a maioria dos deputados preferiu não tomar a iniciativa, esperando que o autor da proposta se pronuncie. Cabral não foi localizado ontem para comentar.
A Câmara Municipal do Rio cancelou homenagem feita em 1993 ao deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que também tirava recursos dos royalties do estado.
Presidente quer votação rápida
Apesar da polêmica em torno da distribuição dos royalties, o presidente Lula tem pressa na aprovação dos projetos que tratam do marco regulatório do pré-sal. Seu objetivo é que seja leiloado este ano o primeiro bloco de exploração sob o novo regime da partilha, que substitui o de concessão. Ele cobrou do presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) a votação das propostas na semana que vem.
O que atrapalha a urgência do presidente a partir de agora deve ser a falta de quórum. A votação estava marcada para a última terça-feira, mas o jogo da seleção na Copa afastou os deputados de Brasília. Além das próximas partidas, os parlamentares estarão entretidos com as festas juninas. A expectativa no Congresso é de presença forte só em julho, antes do recesso, previsto para começar no dia 17.
Fonte: O DIA
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Desembargadores do Rio de Janeiro em pânico, cabeças vão rolar
"Deu no site do Claudio Humberto.
O Presidente do TRE de Mato Grosso, o Desembargador Evandro Stábile, foi afastado de suas funções pelo STJ após investigação da Polícia Federal por suspeita de vendas de sentenças.
Aqui no Rio de Janeiro, recentemente um certo candidato ao Governo do Rio de Janeiro teve os seus direitos políticos cassados em uma votação de 4 x 3, onde quem decidiu foi o Presidente do TRE, através do voto minerva.
O que dizem é que tem muito desembargador desesperado no Rio de Janeiro com medo de, sei lá... ...algo parecido acontecer por aqui, sabe como é, não será a primeira vez, inclusive, o Desembargador Roberto Wider que era Corregedor Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Rio está afastado das suas funções por suspeita de corrupção pelo CNJ.
Vejam que o Desembargador que exercia o cargo de Corregedor, ou seja, aquele que fiscalizava os demais foi afastado.
Sem dizer também do Desembargador Motta Moraes que está também sendo investigado, imagina só, o que não deve ter por aí de sujeira e sacanagem no meio dos desembargadores do Rio de Janeiro???
Segura a onda povo da toga, cabeças vão rolar !!!
Em tempo, o tal processo que cassou os direitos políticos do certo candidato ao Governo do Rio de Janeiro, parece que chamou a atenção da Polícia Federal, e do Conselho Nacional de Justiça, pelas, digamos, "coisas estranhas envolvidas"."
Fonte: Blog do Ricardo Gama
O Presidente do TRE de Mato Grosso, o Desembargador Evandro Stábile, foi afastado de suas funções pelo STJ após investigação da Polícia Federal por suspeita de vendas de sentenças.
Aqui no Rio de Janeiro, recentemente um certo candidato ao Governo do Rio de Janeiro teve os seus direitos políticos cassados em uma votação de 4 x 3, onde quem decidiu foi o Presidente do TRE, através do voto minerva.
O que dizem é que tem muito desembargador desesperado no Rio de Janeiro com medo de, sei lá... ...algo parecido acontecer por aqui, sabe como é, não será a primeira vez, inclusive, o Desembargador Roberto Wider que era Corregedor Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Rio está afastado das suas funções por suspeita de corrupção pelo CNJ.
Vejam que o Desembargador que exercia o cargo de Corregedor, ou seja, aquele que fiscalizava os demais foi afastado.
Sem dizer também do Desembargador Motta Moraes que está também sendo investigado, imagina só, o que não deve ter por aí de sujeira e sacanagem no meio dos desembargadores do Rio de Janeiro???
Segura a onda povo da toga, cabeças vão rolar !!!
Em tempo, o tal processo que cassou os direitos políticos do certo candidato ao Governo do Rio de Janeiro, parece que chamou a atenção da Polícia Federal, e do Conselho Nacional de Justiça, pelas, digamos, "coisas estranhas envolvidas"."
Fonte: Blog do Ricardo Gama
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